No dia 29 de março de 1960, Bahia e Santos voltavam a jogar para definir o título da Taça Brasil de 1959. Nos dois jogos anteriores, uma vitória para cada lado. Foi necessário um jogo desempate.
As equipes conseguiram vitórias fora de casa. O Tricolor superou o Peixe na Vila; enquanto Pelé e companhia venceram o jogo da Fonte Nova. Nada de campeão até então.
Foi definido que haveria um terceiro jogo e em campo neutro: o Maracanã. Talvez não tão neutro, já que o estádio ia se acostumando a ver Pelé e companhia em jogos marcantes.
Mas o Bahia não se intimidou. Comandado pelo técnico argentino Volante, que substituíra Geninho e se tornaria o primeiro estrangeiro a ser campeão brasileiro, o Tricolor foi valente, apesar do favoritismo do rival.
É verdade que o Rei, Pelé, não jogou por lesão. Ainda assim, o Alvinegro Praiano tinha um timaço, como provou Coutinho ao abrir o placar da peleja aos 27 minutos.
A resposta baiana veio ainda no primeiro tempo: Vicente empatou. Logo na volta do intervalo, Leo Briglia virou para os tricolores, que não perderam mais a vantagem.
A segunda etapa, segundo relatos da época, foi de violência e o árbitro Frederico Lopes perdeu a mão do confronto. Foram três expulsos do lado paulista e um do lado baiano.
No fim, Alencar, com o terceiro gol, sacramentou o histórico título do Bahia. Com a conquista, os baianos foram os primeiros a representar o Brasil na primeira edição da Libertadores naquele ano de 1960, que acabou com título do Peñarol.
3-1 | ||
Vicente 37' Leo Briglia 46' Alencar 76' | Coutinho 27' |