Depois do gol monumental de Juninho, e de ter derrubado o River, o Vasco venceu o Barcelona de Guayaquil em São Januário. Mas ainda restava um jogo para conquistar a América: diante de mais de 80 mil pessoas no Monumental de Guayaquil, o Cruz-Maltino calou a torcida equatoriana e, com nova vitória, conquistou a Libertadores de 1998.
A vantagem conquistada na Colina não anulava o medo pela altitude, o medo de enfrentar um estádio todo contrário, com mais de 80 mil vozes gritando contra você. Mas, na verdade, quando a bola rolou, os jogadores vascaínos não sentiram medo.
Medo talvez sentiram os equatorianos. Medo de Luizão, que recebeu com liberdade e saiu cara a cara com o goleiro José Cevallos. O goleiro caiu e, quando virou, viu a bola já no fundo da rede.
Os equatorianos pareciam eles desacostumados a jogar na altitude. Com campo para jogar, os cariocas marcaram de novo ainda antes do intervalo: foi Donizete quem recebeu de Juninho, ganhou da zaga e bateu no canto para ampliar.
Chacoalhados no intervalo, os jogadores do Barcelona voltaram melhores para o segundo tempo. Asencio foi o primeiro a colocar Carlos Germano para trabalhar com forte chute na área. Um dos destaques vascaínos na campanha, o goleiro espalmou.
No escanteio, Anthony de Ávila aproveitou desvio na segunda trave e, livre no meio da área, tocou de cabeça para o fundo da rede. Ainda havia esperança?
Nem tanto. Quanto mais o tempo passava, menos força tinham os equatorianos para buscar a reação. Até porque a diferença de gols no agregado era grande... Quando Carlos Germano ia bater um tiro de meta, o árbitro Javier Castrilli, da Argentina, pediu a bola e apitou: o Vasco era, no ano do centenário do clube, campeão da América!
1-2 | ||
Anthony de Ávila 79' | Luizão 24' Donizete 45' |