Messi e Argentina buscam espantar fantasmas em nova decisão de Copa América

A Argentina está classificada para a sua quinta final de Copa América nas últimas sete edições disputadas. A ausência de títulos nesse período traz uma enorme pressão a Albiceleste e, principalmente, a Lionel Messi. O craque ainda não levantou um troféu pelo time principal da Argentina, e vai ter que lidar com um incômodo tabu no duelo contra o Brasil no próximo sábado (10).

Messi vai para a sua quinta final com a camisa da Argentina, e o histórico não é nada auspicioso, já que o camisa 10 não marcou nenhum gol nessas partidas. Na primeira decisão, pela Copa América de 2007, contra o Brasil, os argentinos sofreram uma dura derrota por 3 a 0 em duelo que não tiveram qualquer chance. Oito anos depois, diante do Chile, a partida não teve o placar movimentado após o tempo normal e a prorrogação. Nos pênaltis, o Chile levou a melhor por 4 a 1.

A história se repetiria na Copa América Centenário, em 2016. Novamente 0 a 0 após 120 minutos jogados, e o Chile faturou o bicampeonato com o triunfo por 4 a 1 nas penalidades. A derrota mais dolorosa em finais, no entanto, fica para a decisão da Copa do Mundo de 2014. Novamente Messi, e Argentina como um todo, passaram em branco. Em nova prorrogação, a Alemanha levou a melhor com gol de Mario Götze a sete minutos do fim.

Os argentinos também terão de ultrapassar uma seleção brasileira confiante e com retrospecto recente totalmente inverso. Nas últimas cinco finais de Copa América, o Brasil foi campeão em todas as oportunidades e, em duas delas, foi soberano diante dos hermanos, que não sabem o que é levantar um troféu desde a Copa América de 1993.

Duas faces de Messi

Até aqui, a Copa América 2021 de Lionel Messi é irretocável. O craque de 34 anos é o artilheiro da competição, com quatro gols marcados, e também o líder em assistências, com cinco passes para gol. A Argentina soma 11 gols no torneio sul-americano, o que denota a importância de Messi e a dependência de seu principal jogador.

As grandes atuações contrastam com a citada falta de gols pela Argentina em decisões de campeonato. Se pela seleção de seu país Messi ainda não deixou sua marca em finais, pelo Barcelona a história do jogador em torneios em mata-mata é totalmente diferente.

Até aqui, Messi soma 24 títulos pelo Barça entre Liga dos Campeões, Mundial de Clubes, Supercopa Europeia, Copa do Rei e Supercopa da Espanha. Entre campeonatos disputados em finais em ida e volta, ou apenas um jogo, o argentino soma 31 gols em 39 partidas pelo clube catalão.

O caminho até a final para Messi foi primoroso, mas uma nova derrota vai trazer os velhos questionamentos e fantasmas ao jogador. Mais do que nunca, a Argentina vai precisar da veia goleadora de grande craque para quebrar uma escrita de 28 anos e voltar a levantar troféus.