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1973: Embalado por gols de Leivinha, Palmeiras conquista novamente o Brasil

Texto por Rodrigo de Brum
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Depois de conquistar o título em 1972, o Palmeiras manteve a ótima base para a disputa do Brasileirão de 1973, com uma engrenagem ainda mais perfeita sob o comando de Oswaldo Brandão. 

A Segunda Academia alviverde continuou sua era de domínio no futebol brasileiro. Sob a batuta de Ademir da Guia, apoiado no ano goleador de Leivinha, além da segurança defensiva com Luís Pereira na zaga e Émerson Leão no gol, o Palmeiras fez campanha de 25 vitórias, 12 empates e apenas três derrotas.

A fórmula, como de costume por muito tempo, não foi a mesma do ano anterior. Para o Campeonato Nacional de Clubes de 73, a CBD (Confederação Brasileira de Desportos) extinguiu a disputa da segunda divisão e inflou o torneio, que passou dos 26 clubes do ano anterior para 40 agremiações divididas em 20 estados.

Nessa longa disputa, os 20 melhores colocados na fase inicial avançavam para a segunda fase, dividida em dois grupos de dez. Por fim, os quatro melhores clubes disputavam um quadrangular para definir o campeão.

E o Palmeiras, que havia sofrido três derrotas ainda na primeira fase do campeonato, emplacou uma série invicta de 22 jogos até o título, sendo 16 triunfos e seis empates. Extremamente sólido, o Verdão terminou o torneio com a melhor defesa, sofrendo apenas 13 gols.

O ano de Leivinha

Se na defesa o Palmeiras mostrava segurança, no ataque o Alviverde contou com a inspiração de João Leiva Campos Filho, o Leivinha. Segundo atacante de origem, ele terminou como o artilheiro do Palmeiras no campeonato, com 20 gols. Leivinha acredita que essa foi, de fato, sua grande temporada na carreira.

"O meu pai dizia assim: 'Quem faz o gol sempre tem a atenção'. Eu era um atleta mais de passe para outros jogadores marcarem, não fazia tanto gol. Então meu pai sempre dizia: 'não se esqueça de fazer gol'. E eu tive a oportunidade de fazer 20 gols naquele campeonato. Eu acho que foi realmente minha melhor temporada", relembrou Leivinha em entrevista para oGol.

Muito do sucesso da Segunda Academia do Palmeiras é creditado ao técnico Oswaldo Brandão. Leivinha explicou o seu posicionamento em campo e exaltou o belo futebol exibido pelo Alviverde.

"O Brandão me colocou mais perto da área desde a punição ao César Maluco (Em novembro de 1972, o atacante foi suspenso por nove meses por ofender o árbitro Renato de Oliveira Braga). E realmente eu tive a oportunidade de ser o grande artilheiro do Palmeiras. Eu acho que o Brandão foi muito feliz na posição de técnico. Ele conseguiu formar uma grande equipe. A gente apresentava um futebol bem jogado", completou o ex-atleta.

Com a solidez que marcou toda a sua campanha, o Palmeiras buscou a primeira vitória no quadrangular contra o Cruzeiro, no Mineirão, em triunfo por 2 a 1. A seguir, no Palestra Itália, venceu o Internacional, de virada, com gol de Luís Pereira aos 35 da etapa final. 

Por fim, o Alviverde precisava de apenas um empate, diante do São Paulo, para carimbar o título. E o Palmeiras fez exatamente o que precisava. O São Paulo de Waldir Peres, Pablo Forlán e Pedro Rocha, entre outros, não conseguiu vazar a defensiva alviverde, e o Palmeiras sagrou-se campeão com um 0 a 0.  

Números da edição

Média de gols da edição: 1,93 gol/jogo

Melhor ataque: Santos - 56 gols

Melhor defesa: Palmeiras - 13 gols sofridos

Artilheiro: Ramon (Santa Cruz) - 21 gols

Jogador com mais partidas:  Valdomiro, Figueroa, Carpegiani (Internacional), Ademir, Zeca (Palmeiras), Zé Carlos (Cruzeiro) - 40 Jogos

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