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    1972: No auge, a Academia domina o Brasil

    O futebol é um esporte capaz de imortalizar ídolos e estabelecer no imaginário do público histórias e feitos para sempre inigualáveis. Nos tempos de Brasil de Pelé, existiram outros esquadrões em âmbito nacional, como o Cruzeiro de Tostão, o Inter de Falcão e, é claro, a Academia do Palmeiras. Já em seus últimos anos, o time de Ademir da Guia, Dudu, Luís Pereira, Zeca e companhia teve um ano perfeito, fechado com a conquista do Campeonato Brasileiro de 1972.

    O Brasileiro passou por inúmeras transformações ao longo de sua história, desde o formato de disputa até o número de participantes, consolidado desde 2006 como 20 equipes. Esse acréscimo com o passar do tempo foi muito também por uma decisão política de incluir cada vez mais clubes, englobando assim mais estados do país. A edição de 1972 talvez tenha sido a precursora dessa história.

    Com 26 equipes, seis a mais que a edição anterior, o Campeonato Nacional de Clubes (nome oficial na época) contou com os mesmos participantes de 1971 e a inclusão de Sergipe, CRB, ABC, Nacional do Amazonas, Remo e Vitória. Nenhuma das equipes recém-incluídas (não havia rebaixamento ou acesso naquela época) conseguiu classificação para a próxima fase do campeonato.

    Entrosamento e regulamento

    Na década de 1970, o Palmeiras vivia uma época de transição entre o que alguns chamam de "primeira" e "segunda" Academia. Enquanto alguns craques se aposentavam, outros jovens despontavam, como Émerson Leão, Leivinha, Edu Bala e Luís Pereira. O clube chegou ao Brasileiro de 72 já cotado como um dos favoritos, fruto da conquista do Paulista do mesmo ano, e confirmou tal prestígio logo no início do campeonato, com uma invencibilidade de 12 jogos e vitória por 3 a 0 sobre o então campeão, Atlético Mineiro. A sequência positiva só seria interrompida pelo Santos, de Pelé.

    "Em 1972 ganhamos praticamente tudo. Penso que esse foi o auge da Academia. É que o Palmeiras vinha entrosado de anos antes... Se você pegar nossa escalação de 1971, 72 e 73 é praticamente a mesma. Eram os mesmos que jogavam, enquanto alguns saíam para dar espaço para outros. Uma equipe muito entrosada e forte com o comando do Oswaldo Brandão", explica Luís Pereira, em entrevista ao oGol.

    Verdade seja dita, os números confirmam o que o zagueiro diz. Durante a campanha vitoriosa, apenas 19 jogadores entraram em campo, sendo que quatro deles (João Carlos, Raul Marcel, Polaco e Bio) sequer fizeram cinco partidas em todo campeonato.

    "Aquele era um grande time. Tínhamos o Madruga, argentino, grande jogador de toque de bola. O Edu (Bala) era rapidíssimo, e o Zeca foi o jogador mais regular em toda fase do Palmeiras, um cara muito trabalhador, espetacular. O Leão atravessou fases espetaculares. Dudu e Ademir? Pô, o que vamos falar deles. Jogaram sei lá quantos anos juntos... Ainda tínhamos César, Eurico, Alfredo Mostarda. Era uma coisa bonita", recorda Luís, autor de um gol durante a campanha, numa das grandes atuações daquele time, diante do Coritiba.

    Depois de um grande desempenho na primeira fase do campeonato, em que garantiu com folga a classificação para as próximas fases, o Palmeiras se tornou menos brilhante, mas ainda muito eficiente. Uma marca registrada daquele time. Chegou à semifinal contra um forte Inter, em amadurecimento para a conquista que viria anos depois. Avançou no limite, com um empate, fruto da melhor campanha na primeira fase. O mesmo se repetiu na finalíssima, diante do Botafogo de Jairzinho. Palmeiras campeão brasileiro, fato que não demoraria a se repetir, com a mesma base e os mesmos jogadores.

    Números da edição

    Média de gols da edição: 2,08 gol/jogo

    Melhor ataque: São Paulo  - 49 gols

    Melhor defesa: Grêmio e Vasco - 18 gols sofridos

    Artilheiros: Pedro Rocha (São Paulo) e Dadá Maravilha (Atlético Mineiro)

    Jogador com mais partidas: Zeca (Palmeiras) - 30 jogos

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