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Futebol Internacional
Ciclo de ouro

River de Gallardo a um empate do título argentino, o único que falta na história vitoriosa

Um dia, quando lançarem o livro dos grandes esquadrões do Século XXI na América do Sul, sem dúvidas, estará lá o River Plate de Marcelo Gallardo. Campeoníssimo e copeiro, o River conseguiu, em um intervalo de sete anos, conquistar simplesmente 12 troféus, entre Libertadores, Sul-Americana e outras copas mais. Falta, no entanto, o caneco do Campeonato Argentino, que na verdade só não foi levantado ainda por um capricho matemático. E como outro capricho, mas este do destino, o troféu chegará no fim do ciclo desse esquadrão.

Já é de conhecimento público que Marcelo Gallardo vai se despedir do River Plate ao final desta temporada. Nas últimas semanas, inclusive, o que ganha mais a atenção do noticiário é o futuro do mais vencedor técnico da América do Sul dos últimos anos.

Na especulação mais recente, atribuem a Gallardo o cargo na seleção do Uruguai, com a missão de evitar o vexame do país de ficar de fora da próxima Copa do Mundo. Antes, falava-se muito do mercado europeu, onde mais de uma vez foi ligado ao Barcelona, em que certamente neste momento não terá mais espaço, devido a chegada recente de Xavi Hernández. Mas, deixemos de lado o futuro para falarmos sobre o presente (e relembrar o passado).

Títulos, do início ao fim

Quem vê o River Plate de hoje mal se lembra do cenário do clube há 10 anos. Em junho de 2011 os Millionários sofreram o capítulo mais infame de sua rica história, com o inédito rebaixamento para a segunda divisão argentina.

Depois da queda, o ciclo do renascimento foi concluído em maio de 2014, quando o clube se sagrou campeão argentino sob o comando de Ramón Diaz. Mesmo campeão, Ramón decidiu deixar o clube e aceitar o convite da seleção paraguaia, e aí surgiu Gallardo, jovem treinador então com 38 anos, vindo de um bom primeiro trabalho na carreira, no Nacional de Montevidéu.

É verdade que Gallardo não recebeu um River destroçado pelo rebaixamento, mas tão pouco imagine que em 2014 o time já era uma máquina onde poderia-se projetar todo o sucesso que viria a ter. O time de Ramón tinha como destaque Téo Gutiérrez e o veterano Cavenaghi. O mérito de Gallardo foi elevar o nível daquele elenco à uma esfera internacional.

O primeiro troféu levantado pelo "River de Gallardo" foi a Copa Sul-Americana, título este que pôs fim a um jejum internacional que vinha desde 1997, com a Supercopa Libertadores. No ano seguinte, o salto foi para a Copa Libertadores, título que viria a se repetir em 2018, na histórica final com o rival Boca Juniors.

Ao longo desse trajeto vitorioso de sete anos, Gallardo criou um time cascudo, daqueles que não importa se mesmo dois ou três grandes nomes saem a cada ano, a engrenagem segue rodando. Para se ter uma ideia, o único jogador que fez parte de todo esse percurso é Leonardo Ponzio, não por acaso o atleta mais utilizado por Gallardo no período. Jonathan Maidana quase fez o mesmo, mas teve uma passagem pelo futebol mexicano durante pouco mais de uma temporada. Fora esses nomes, a maior parte do time-base passou a ser consolidado entre 2015 e 2016, com nomes como Rodrigo Mora, Milton Casco, e Nacho Fernández, hoje no Atlético Mineiro.

El broche de oro

Se o final da passagem de Gallardo fosse por um clube brasileiro, com certeza a expressão "cereja do bolo" já teria sido usada à exaustão. Como falamos de um argentino, vamos com "el broche de oro", que serve para o mesmo propósito.

Mesmo que, indiscutivelmente, o River Plate tenha sido a maior potência do futebol argentino desde que Marcello Gallardo pisou no Monumental de Nuñez, curiosamente o clube nunca conseguiu impor toda sua valência na principal competição nacional. Em termos de copas, o River venceu três vezes a da argentina (2016, 2017 e 2019), mas bateu na trave repetidamente no Campeonato Argentino. Em 2020, por exemplo, perdeu o título para o Boca pela diferença de um mísero ponto.

Nesta temporada, o fim do ciclo de Gallardo no River parecia ganhar contornos dramáticos. Na Libertadores, os Millionários passaram longe de assustar como antes e caíram facilmente nas quartas de final para o Atlético Mineiro, que os aniquilou com um 3 a 0 no Mineirão e 4 a 0 no placar agregado. Não havia grande expectativa sobre o restante da temporada e questionava-se, inclusive, se Gallardo conseguiria tirar a motivação necessária de seus jogadores para encerrar em alta.

Para quem ousou duvidar de Gallardo, ou do esquadrão do River Plate, a resposta está na tabela do Campeonato Argentino. Há quatro jogos do fim da disputa, basta ao River um empate nesta quinta-feira, contra o Racing, para que Gallardo passe o bastão do cargo como o recebeu de Ramón Diaz em 2014: como campeão nacional.

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