Velhos hábitos: Nenê segue rotina com início fulminante no Carioca

Às vezes é difícil mudarmos velhos hábitos, e Nenê pode falar isso com um sorriso no rosto. Artilheiro isolado do Carioca em 2022, o atacante faz aos 40 anos o que se acostumou a fazer no estadual: ser decisivo.

É bem verdade que os hábitos de Nenê não foram adquiridos cedo. O meia-atacante começou a carreira no futebol paulista e, quando começava a despontar como grande atleta no Brasil no início do século, com bom desempenho por Palmeiras e depois Santos, o jogador seguiu para a Espanha. Passou ainda por França, Catar e Inglaterra antes de retornar para o Vasco, em 2015.

A primeira participação de Nenê no Carioca foi em 2016, e o jogador já era um veterano, com 36 anos. Mas se sentiu rapidamente confortável. Marcou nos três primeiros jogos e chegou aos cinco gols ao fim de sete partidas. Os gols rarearam na reta final, mas foram sete ao todo, que ajudaram o Cruz-Maltino a ser campeão estadual.

Em 2017, a produção não foi tão boa no Carioca, com apenas um gol nos primeiros jogos, embora no caminho tenha contribuído com dois tentos na Copa do Brasil. Em 2018 a participação foi curta, com apenas dois jogos, com tempo para pelo menos deixar mais um gol.

O retorno ao Carioca veio em 2020. Mas Nenê voltou a marcar diferença, como em 2016. Foram cinco gols nos cinco primeiros jogos, agora com a camisa do Fluminense. Novamente o ritmo caiu na reta final, com apenas mais um gol e uma assistência.

Em 2021 o foco mudou, mas o poder decisivo seguiu o mesmo no Carioca. Agora com passes, Nenê distribuiu quatro assistências, com mais um gol, em apenas cinco jogos. Uma contribuição direta em gol por partida.

Em 2022, apesar de ter entrado na famosa fase dos "enta", Nenê manteve a boa série no Carioca. Em seis jogos, o veterano já anotou cinco gols - é o artilheiro - e ainda deu três assistências. Números que o colocam como líder em participação em gols.

Agora, Nenê tem a missão de não deixar o ritmo cair no estadual. Mais que isso, o que importa mesmo para o torcedor é ver o veterano fazer o mesmo na Série B, para não tornar a participação na segunda divisão em outro hábito, esse mais indigesto.