Uruguaios comandam vitória do Atlético, e Juventus se complica na Champions

O Atlético de Madrid falou espanhol com sotaque uruguaio na noite desta quarta-feira. Jogando no Metropolitano, o time de Diego Simeone saiu na frente da Juventus, nas oitavas de final da Liga dos Campeões, com gols de Giménez e Diego Godín, vencendo por 2 a 0. 

Em Turim, para conseguir a classificação, a Velha Senhora terá de vencer por três gols de diferença. Missão nada fácil contra uma das defesas mais sólidas da Europa. Mas, para essa Juventus, nada é impossível...

Defesas fechadas

O Atlético era toda aquela loucura de Simeone. Marcação alta, linhas compactas e pressão total. Era clima de decisão no Metropolitano, e Griezmann, aproveitando lateral de Filipe Luís, tentou o primeiro arremate, mas mandou por cima da meta. 

Cristiano Ronaldo teve chance de resposta aos sete. De volta para Madri, o português teve oportunidade em cobrança de falta. O estádio vaiava muito o ex-jogador do Real Madrid, mas o chute foi certeiro: Oblak teve de se virar para espalmar. 

Marcado pelo equilíbrio, o duelo deixava claro que se tratava do encontro de duas das melhores defesas da Europa. Atentos, os sistemas defensivos rechaçavam as principais jogadas pelos centros. Os ataques buscavam a ponta, mas também não surtia muito efeito. 

Aos 27 minutos, em lance confuso, o VAR teve de atuar. Diego Souza acabou se jogando após contato com defensor. O árbitro, na hora, marcou pênalti, mas, aconselhado pelo VAR, voltou atrás e deu falta. Na cobrança, Griezmann parou em Szczesny. Os lances de maior perigo só saíram na bola parada. 

Uruguaios fazem a diferença

Na volta do intervalo, logo aos cinco minutos, Diego Costa desperdiçou uma rara chance de gol. O hispano-brasileiro recebeu de Griezmann, colocou na frente e acabou na cara do gol. Inexplicavelmente, o atacante mandou chute torto, para fora. 

O Atleti acordou e, minutos depois, foi Griezmann que acabou na cara do gol. De Sciglio chegou atrás do francês para evitar o arremate, mas o 7 finalizou com a ponta do pé. A bola acertou o travessão e foi afastada pela defesa a seguir. 

Os Colchoneros se adiantaram no segundo tempo. Simeone saiu ainda mais para o jogo com a entrada de Lemar no lugar de Partey. Em seguida, tirou Koke para colocar Ángel Correa, e Álvaro Morata já estava no campo (Diego Costa saiu). 

A pressão foi forte, e o gol poderia ter saído com Morata. Lemar abriu para Filipe Luís na canhota, e o brasileiro cruzou na medida para Morata cabecear para dentro. Só que, com auxílio do VAR, o árbitro marcou falta do atacante espanhol em cima de Chiellini e anulou o gol. 

O lance não desanimou os donos da casa, que seguiram em cima. Aos 34, Giménez ficou com sobra de bola na área e mandou ele a bola para a rede. O lance era polêmico, assim como o primeiro, já que Chiellini reclamou também de falta. Dessa vez, porém, o VAR não atuou, e o tento foi confirmado. 

Desconcertada, a Velha Senhora acabou abaixando a cabeça. Depois de nova bola na área, a sobra ficou com Godín, que finalizou para um gol vazio: 2 a 0 acaba sendo uma enorme vantagem para os espanhóis.