O Palmeiras sofreu calado. Foi amassado pelo River Plate, no Allianz Parque, e o milagre de Gallardo ficou muito perto de se tornar realidade. Mas o Alviverde, longe de ser imponente, mostrou que, de fato, pode ser campeão da América de novo. Mesmo perdendo por 2 a 0, o Verdão está de volta a uma final de Libertadores!
Os 3 a 0 da Argentina eram uma vantagem e tanto, mas não foram nada além de combustível para os argentinos. A noite foi de drama em São Paulo, e a vaga alviverde só saiu depois de muito sofrimento.
O adversário do Verdão na final será conhecido na quarta-feira. Após um empate sem gols na Bombonera, o Santos recebe o Boca Juniors prometendo uma final brasileira.
Rony era o grande protagonista na estratégia de Abel Ferreira. O Palmeiras se fechou para aproveitar os contragolpes usando a velocidade do ponta, que teve boa chance logo no início, mas foi freado por Armani.
A resposta do River Plate foi com Rafael Santos Borré, a principal ameaça ofensiva dos argentinos. O colombiano mandou chute de fora da área e Wéverton se virou para defender.
Os principais ataques dos Millonarios eram pelo flanco direito, com o protagonismo de Gonzalo Montiel. Também por ali Paulo Díaz mandou uma pancada de fora da área e Wéverton fez uma defesaça.
O Verdão se segurou até os 29 minutos, logo a seguir ao chute de Díaz. De La Cruz cobrou o escanteio e Rojas, de cabeça, abriu o placar. O segundo gol quase veio de imediato, em cabeçada também perigosa de Matías Suárez.
A pressão argentina só fez aumentar. O time de Marcelo Gallardo foi bem diferente da equipe apática da partida de ida. Angileri, com uma pancada de canhota, obrigou Wéverton a fazer uma defesaça.
O segundo gol saiu ainda antes do intervalo, com os paulistas de cabeça baixa. De La Cruz cruzou da direita, Suárez desviou e Santos Borré mandou para a rede.
O River continuou sufocando o rival no campo de defesa na segunda etapa, e Montiel mandou para a rede ainda nos primeiros minutos. O VAR, porém, acabou por marcar um impedimento no início do lance (jogada que vai dar o que falar...).
O lance anulado não diminuiu o sufoco palmeirense. Luan quase marcou contra aos 13, mas Wéverton salvou e, na sobra, De La Cruz mandou no lado de fora da rede. O Palmeiras estava completamente apavorado em campo.
Assim como no jogo de ida, porém, os argentinos acabaram prejudicados por uma expulsão. Rojas dividiu bola com Rony e acabou levando o segundo cartão amarelo.
A arbitragem do uruguaio Esteban Ostojich tirou os hermanos do sério. Pouco depois da expulsão de Rojas, o apitador chegou a marcar pênalti em Borré, mas anulou a marcação após observar o lance no vídeo.
Com toda a polêmica, e toda a dificuldade de jogar com um homem a menos, o time de Gallardo seguiu sufocando o rival. Borré teve uma chance de ouro para marcar o terceiro na pequena área, pegando rebote de Wéverton, mas explodiu a trave.
O drama se estendeu: foram nove minutos de acréscimo. Nove minutos de sofrimento. Nove minutos de sangue, suor, e lágrimas. Das duas partes. Com direito a mais um suspense com pênalti checado, e não marcado após o árbitro olhar no monitor.
O River lutou mesmo com dez, mesmo já sem perna, mesmo com pouca esperança. Tentou até o último minuto, mas o Palmeiras, depois de muito drama e sofrimento, se garantiu de novo em uma final de Libertadores!
0-2 | ||
Robert Rojas 29' Santos Borré 44' |