Entre testes e desfalques, a seleção brasileira terá uma escalação alternativa para enfrentar o Equador nas eliminatórias para a Copa do Mundo. Com a viagem ao Catar cada vez mais próxima e com passagem garantida para o Brasil, resta pouco tempo para novos atletas cravarem sua posição entre os titulares ou convocados.
Nesta quinta o duelo é com o Equador, e Tite projeta uma escalação com novidas. Algumas delas por necessidade, com Neymar como principal desfalque da equipe, outras por experiência, com Marquinhos à princípio poupado do evento.
O esboço da seleção em treino desta terça-feira trouxe a seguinte formação: Alisson; Emerson, Éder Militão, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Coutinho; Vinícius Jr, Raphinha e Matheus Cunha.
O setor mais fechado para Tite é a defesa. Thiago Silva e Marquinhos serão os titulares na Copa do Catar se mantiverem-se em alto nível até lá. Éder Militão, no entanto, vai ganhar nova oportunidade contra o Equador no lugar do zagueiro do PSG. Mais novo do trio, o atleta do Real Madrid é uma alternativa natural caso um dos dois titulares apresente problemas físicos, e deve ganhar o posto depois da Copa, já que Thiago, com 37 anos, está na reta final da carreira.
Nas laterais, Alex Sandro não tem vaga garantida, mas é cada vez mais o dono do posto. Na direita quem sai na frente é Danilo, que não estará contra o Equador. Emerson Royal, atualmente no Tottenham, terá a chance de marcar sua posição. O experiente Dani Alves ficará no banco desta vez.
Philippe Coutinho sempre foi bem visto por Tite na seleção, e teve bons momentos com a camisa amarelinha. A queda brusca na carreira do meia-atacante se tornou um problema para o Brasil. Ninguém se firmou como "10" por muito tempo, embora Lucas Paquetá venha agradando nos últimos tempos. O atleta do Lyon está suspenso contra o Equador.
O renascer da carreira de Coutinho é uma esperança que nutre a comissão técnica. A transferência para o Aston Villa parece ter feito bem ao jogador, embora ainda seja cedo para falar de boa fase. Com Coutinho, Tite ganha um meia criativo ou até um ponta mais organizador que "agudo", como gosta de citar o treinador.
Casemiro, do Real Madrid, é o homem mais defensivo do trio no meio e com vaga cativa, embora Fabinho sempre apareça como bom candidato por seu trabalho no Liverpool. Fred tem a função de "motorzinho", e embora não seja uma unanimidade no elenco, vai ser titular mais uma vez.
Nem mesmo o craque da seleção, Neymar, parece ter seu posto garantido de forma inquestionável junto a opinião pública. Está claro que, em boas condições físicas, o atacante do PSG será titular. Mas pela primeira vez desde que ganhou o status de estrela da seleção, o craque tem concorrência à altura. Vinícius Júnior vem se estabelecendo como grande nome do Real ao lado de Benzema e atua exatamente na mesma área de Ney.
Vinícius Júnior ainda precisa mostrar sua melhor versão com a camisa da seleção brasileira. Se o fizer, deixará Tite com um novo desafio: ou escolher entre Vini e Neymar, ou adaptar um dos dois a nova função. Mais experiente e versátil, Neymar pode se ver obrigado a jogar fora do setor onde sempre se destacou, a ponta esquerda. Ao mesmo tempo a sua escalação mais centralizado poderia resolver outro problema de Tite: a falta de um centroavante que convença no posto.
Contra o Equador, o centroavante será Matheus Cunha. E se Vini se destaca no Real, Cunha ainda briga para ser titular no rival da capital espanhola. Dono de cinco gols em 23 jogos na atual temporada, o jovem atacante de 22 anos está longe de ser um goleador prolífico e estabilizado no mais alto nível.
Na ponta direita Raphinha conquistou espaço por suas boas exibições na seleção, deixando a desconfiança inicial de lado. Ao mesmo tempo é o atleta do setor ofensivo que atua pelo time mais modesto na Europa - o Leeds. O ponta será titular com Antony como opção e também em grande momento.
1-1 | ||
Félix Torres 75' | Casemiro 6' |