Na volta à seleção, Giroud deixa boa impressão e fica perto de recorde de Henry

Olivier Giroud está longe de ser um nome incontestável por onde passou. Ainda que tenha alcançado sucesso desde os tempos de Montpellier, passando pela Premier League, e na seleção francesa, há um questionamento que paira constantemente sobre o camisa 9. Seria mesmo Giroud a melhor opção? A constância e a frieza dos números mostram que sim.

Depois de se ausentar das convocações da França desde a Eurocopa, em junho de 2021, Giroud se reapresentou ao time nesta data Fifa. O atacante, de 35 anos, ganhou a oportunidade de não apenas voltar para a seleção, mas de ser titular devido a ausência de Karim Benzema. Em dois jogos amistosos, diante da Costa do Marfim e da África do Sul, Giroud marcou duas vezes e chegou aos 48 tentos pela França. Na história da seleção, apenas Thierry Henry fez mais gols: 51, no total.

Durante os quase nove meses em que esteve longe da seleção, entre jogos que valeram pelas eliminatórias da Uefa e pela Liga das Nações, Giroud assistiu da Itália, onde joga pelo Milan, a reassunção de Benzema. O craque do Real Madrid voltou para a seleção francesa depois de um hiato de seis anos, em razão de um imbróglio envolvendo Valbuena e um obscuro caso de suborno. Demorou, mas com a polêmica superada, Benzema logo se mostrou útil para a atual campeã mundial.

Num primeiro momento, Benzema e Giroud, por sinal, chegaram a compartilhar vestiário - como já haviam feito lá em 2015. Nas primeiras "novas" convocações de Benzema, Giroud também estava lá. Acontece que na Euro quem ganhou mais chances com Deschamps foi Karim, que marcou quatro gols e saiu em alta, mesmo com a fraca participação francesa.

A ausência de Benzema nos amistosos de março é explicada simplesmente pelo fato do atacante estar lesionado. Pelo Real Madrid, Benzema perdeu o clássico contra o Barcelona e depois os jogos da data Fifa devido a um incômodo na panturrilha esquerda. Não é um problema grave e em breve deve ser superado.

Daqui alguns meses, quando a Copa do Mundo do Catar bater à porta, se Deschamps tiver Giroud e Benzema em plena forma, ele terá também uma boa dor de cabeça para solucionar. Seria lógico dizer que Benzema sai na frente, afinal o jogador merengue é um dos principais concorrentes aos prêmios de melhor jogador do mundo, vivendo hoje sua temporada mais artilheira da carreira. Giroud tem números modestos, menos da metade dos 32 gols de Benzema, com apenas 11 pelo Milan.

Na frieza e na constância dos números, pela seleção, Giroud, porém, sai na frente. Segundo maior artilheiro da França, Giroud fez seus 48 gols em 112 jogos, com uma média de 0,43 gol/jogo. Mais aclamado, Benzema tem 36 gols em 94 jogos, média de 0,36 gol/jogo. Talvez, até dezembro, Deschamps sequer tenha que escolher entre um e outro. A Fifa aponta para a possibilidade da lista crescer de 23 para 26 jogadores. Provavelmente, Kylian Mbappé e Antoine Griezman, estes nomes certos no Catar, sejam os mais curiosos para saber com quem vão completar o trio de ataque. A ver...