Chelsea sofre, some no segundo tempo, mas avança para a final do Mundial

O Chelsea sofreu mais que o esperado, não apresentou um grande futebol, mas está garantido na final do Mundial de Clubes. Num jogo equilibrado, recheado de oportunidades desperdiçadas tanto pelos ingleses, quanto pelo Al Hilal, o placar final foi de 1 a 0 para os Blues.

Com o triunfo, o Chelsea vai em busca do inédito título Mundial diante do Palmeiras. A final entre brasileiros e ingleses será no sábado, às 13:30. O Al Hilal, derrotado, vai para a disputa de terceiro lugar com o Al-Ahly, que perdeu para o Verdão na terça-feira.

Domínio displicente

Chelsea e Al Hilal protagonizaram no primeiro tempo um clássico das escolas de futebol, o ataque contra defesa. Muito superior, o time inglês dominou a posse de bola, as ações ofensivas, oportunidades criadas (e desperdiçadas), mas tanto insistiu que acabou por conseguir abrir o placar.

Depois de um início de jogo equilibrado e estudado, enquanto o relógio rondava os 10 minutos, o Chelsea partiu para o ataque. Fosse pelo meio, pelo lado direito ou esquerdo, o time de Thomas Tuchel não teve problemas para criar jogadas. Os Blues trabalharam a bola com tranquilidade durante 45 minutos, mas encontraram dificuldade na execução final.

Lukaku tinha toda a pinta para ser o vilão do primeiro tempo. O atacante belga perdeu inúmeras oportunidades. A primeira delas, após um lance em velocidade de Ziyech, que cruzou rasteiro e o centroavante furou após a tentativa de completar de letra. Viriam outras duas ou três chances que Lukaku não foi certeiro, seja pela demora para concretizar, ou mesmo pela má finalização.

Aos 31 minutos, porém, Lukaku tratou de não seguir para o vestiário como responsável pelo placar zerado. Thiago Silva iniciou jogada no campo de defesa com Kovacic, que partiu pelo meio de campo e passou para Havertz na esquerda. O jogador alemão tentou cruzar de esquerda, mas foi travado por Al Burayk. Numa segunda tentativa, de direita, Havertz encontrou Lukaku na pequena área, frente a frente com o goleiro do Al Hilal, e desta vez o belga não teve trabalho para empurrar para o fundo da rede, 1 a 0.

Inversão de papéis

O jogo poderia ter sido decidido na primeira etapa, mas não foi devido ao acumulo de oportunidades desperdiçadas pelo Chelsea. No segundo tempo, os ingleses sofreram até o limite, e precisaram de contar com um pouco de sorte e de Kepa para avançar.

Depois de começar até melhor no segundo tempo, em que carimbou a trave com Havertz logo nos primeiros minutos, o Chelsea passou a ver uma blitz saudita no campo de ataque. O Al Hilal chegou com muito perigo em lances capitaneados, principalmente, por Moussa Marega e Matheus Pereira.

Marega, ex-atacante do Porto, de Portugal, teve a primeira grande chance do Al Hilal na partida. Matheus Pereira deu bom passe entre a defesa do Chelsea e encontrou Marega livre dentro da área. O atacante saiu cara a cara com Kepa, bateu rasteiro, mas o goleiro espanhol saiu bem do gol e impediu o empate.

Minutos depois da chance desperdiçada por Marega, Kepa teve de fazer uma defesa de cinema para manter o Chelsea em vantagem. Ighalo teve chute bloqueado por Thiago Silva, a bola sobrou na intermediária para Kanno, que bateu colocado, no canto esquerdo de Kepa, que se esticou todo para fazer uma linda defesa de mão trocada.

As chances de gol do Al Hilal foram se empilhando aos poucos. Quando Kepa não foi o responsável por salvar o Chelsea, a falta de pontaria traiu os sauditas. Nos minutos finais, o Chelsea até cresceu e esboçou ampliar o placar, mas acabou por avançar para a final com um placar (e futebol) magro.