Grêmio vence o Atlético, mas resultados não ajudam e acaba rebaixado

Nesta quinta-feira (9), o Grêmio recebeu o Atlético Mineiro em confronto difícil para fugir do rebaixamento. Apesar de uma chuva de gols, o placar de 4 a 3 não foi o suficiente para salvar o Tricolor Gaúcho do seu terceiro rebaixamento na história.

Para fugir do descenso, o Imortal precisava de uma combinação de resultados improvável. Dependia de uma derrota do Juventude, no Alfredo Jaconi, e de uma derrota do Bahia, no Castelão. Apesar do revés do Esquadrão de Aço em Fortaleza, o mesmo não aconteceu em Caxias do Sul, onde o Ju superou o Corinthians por 1 a 0.

Com a vitória na última rodada, o Grêmio alcançou os 43 pontos, permanecendo ainda no Z-4, na 17ª colocação. O Galo, que já estava com a taça na mão, concentra todo o seu foco para a final da Copa do Brasil, diante do Athletico Paranaense.

Jogo eletrizante

A partida entre Grêmio e Atlético começou morna, com os dois clubes se estudando bastante. Contudo, não demorou muito para o Tricolor, que precisava urgentemente da vitória, se atirar para frente.

Logo aos cinco minutos, Douglas Costa tramou a jogada pela direita, encontrou Rafinha em uma ótima pré-assistência. O lateral cruzou na cabeça de Diego Souza para colocar o Grêmio na frente do marcador: 1 a 0.

O Tricolor não desacelerou, manteve seu ritmo e em nova jogada pela direita, Douglas Costa enfiou um belo passe para Diego Souza. O centroavante cruzou na medida para Campaz, que entrou com bola e tudo para anotar o segundo do Grêmio: 2 a 0.

Eletrizante, o Grêmio era empurrado pela sua torcida, que embalava os atletas na busca pela vitória. Aos 20, em falta frontal, Diego Souza bateu forte, tirando qualquer chance do goleiro Rafael de fazer a defesa: 3 a 0 e um banho de bola do Grêmio na primeira metade do primeiro tempo.

Entretanto, o Tricolor estava atento ao Castelão. Quando o gol de Rodriguinho saiu para o Bahia, o Grêmio foi outro. A equipe da casa recuou as suas linhas, chamou o Atlético para o seu campo e viu Dodô, aos 25, em um belo chute vindo da direita, acertar o ângulo de Gabriel Grando: 3 a 1.

O Galo, que não se intimidava e jogava tranquilo, manteve a posse da bola e assustava a defesa do Grêmio. Aos 35, Vargas recebeu uma bola enfiada de Calebe, infiltrou o miolo da defesa do Imortal e diminuiu ainda mais o marcador: 3 a 2.

Soberano na segunda metade do primeiro tempo, o Atlético ficava mais com a bola e era dono das melhores chances. Com os nervos à flor da pele, o Grêmio esquentou a cabeça e não conseguia voltar para o jogo. O alívio foi o apito que encerrou o primeiro tempo de dois Grêmios diferentes na atípica noite fria de primavera em Porto Alegre.

Segundo tempo de esperança

A segunda etapa começou morna, com poucas chances de gol entre as duas equipes. Atlético e Grêmio pouco se ameaçavam e as chances não apareciam, sobretudo com a marcação forte do Tricolor.

Em contra-ataque gremista, aos 14, Ferreira, em lindo lançamento de trivela, encontrou Douglas Costa, que fuzilou as redes do goleiro Rafael, em belo chute de esquerda: 4 a 2 e a tranquilidade no placar para o Tricolor.

O jogo permanecia burocrático, com poucas chances de cada lado. Somente aos 40, em boa jogada de Jonatha Robert, um pênalti foi marcado em cima do meia-atacante. Borja foi para a bola, mas isolou por cima do gol do Galo.

Nervoso, o Grêmio se manteve recuado e dominando o ataque atleticano, mas não pode impedir um belo gol de Hyoran, aos 45, de falta, dando números finais ao confronto: 4 a 3.

Com o apagar das luzes, o Tricolor venceu o seu compromisso, mas viu o Juventude arrancar o placar mínimo, em casa, contra o Corinthians, e acabou rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro.