Três craques em conflito. Assim podemos resumir o atual momento do Paris Saint-Germain. Lionel Messi, Kylian Mbappé e Neymar criaram a expectativa pelo trio de ataque mais forte do planeta, mas vem colecionando mais polêmicas que boas exibições. Sob pressão e com Maurício Pochettino questionado, o milionário PSG fará um duelo aguardado com um dos poucos clubes capazes de fazer frente ao seu poderio financeiro, o Manchester City de Pep Guardiola.
Desde o sorteio dos grupos da Liga dos Campeões há grande expectativa pelo encontro de milionários, que se encontraram nas semifinais em 2020/21. O City levou a melhor na época, com duas vitórias nos dois confrontos, e volta a se apresentar como o mais sólido dos lados. O time de Guardiola é o atual campeão inglês - o PSG sequer ganhou em seu terreno - e tem toda uma estrutura base mantida nos últimos anos. O grande reforço foi Jack Grealish, que ainda vai se adaptando ao estilo do técnico.
Qualquer favoritismo pode ser desfeito pelo talento de Messi, Mbappé e Neymar, e Guardiola reconheceu que é "muito difícil" encontrar formas de parar um ataque como esse. O PSG ainda se reforçou com nomes como Sergio Ramos, Hakimi e Wijnaldum. No entanto, ao contrário do City, o time mostra tudo, menos estabilidade e segurança. E há indícios de que o "supertime" francês pode estar por um triz de ruir.
O PSG vive polêmica atrás de polêmica nos últimos dias. Uma mistura de talentos em ebulição, e com um comandante enfraquecido com dificuldades para lidar com o pacote de superestrelas que recebeu da diretoria. A lista de conflitos internos vem crescendo. Não são poucos, e não envolvem apenas as três maiores estrelas do elenco, e os enumeramos aqui.
Mbappé x PSG:O primeiro conflito envolve Mbappé, o único publicamente insatisfeito na equipe. O craque francês recebeu bem Messi, mas já queria sair antes disto e não parece ter mudado de ideia. Em seu último ano de contrato, Mbappé procurou a diretoria e pediu para ser negociado com o Real Madrid. Não teve seu pedido atendido. Sem dar sinais de que vai voltar atrás, o atacante segue sem negociar a renovação.
Messi x Pochettino: Avesso aos holofotes fora de campo, Messi se acostumou a escolher quando joga ou sai no Barcelona. Quando Pochettino decidiu o substituir sem sua anuência - e por problemas físicos - o genial argentino não gostou e manifestou de forma pouco educada seu descontentamento, se recusando a cumprimentar o técnico.
Mbappé x Neymar: Essa não era esperada. Amigos fora de campo, os dois craques pareciam estar sempre em sintonia apesar dos egos. Sem se importar com os olhos alheios, Mbappé foi flagrado recentemente no banco reclamando que o brasileiro não passava a bola para ele. O suficiente para os jornais franceses se debruçarem no conflito. Há quem diga que os dois têm se afastado naturalmente por conta da dificuldade do francês em se adaptar ao grupo informal formado pelos sul-americanos do elenco.
Donnarumma x Navas+Sul-americanos: Essa era esperada. Apesar de muitas vezes pouco reconhecido, Keylor Navas é um dos nomes mais importantes da história da Liga dos Campeões e vinha fazendo um bom papel no gol do PSG. Seria injusto o colocá-lo no banco. Mas Donnarumma, por seu lado, vinha de ser destaque do Milan e da Itália campeã da Eurocopa. Seria impensável o deixar na reserva. Navas, por direito, vem mantendo o posto de número 1 com Pochettino, com o apoio do tal grupo sul-americano, e Donnarumma, que descobriu que não seria fácil sua vida pós-Milan, já estaria pensando em respirar novos ares.
Pochettino x PSG: Os clubes milionários normalmente têm pressa por resultados. E quando o PSG investiu em Maurício Pochettino, o fez por acreditar que o argentino traria o que Tuchel não conseguiu: a Liga dos Campeões. Mas o ex-técnico foi campeão com o Chelsea, e Pochettino sofreu mesmo para fazer seu time vencer na França. Agora, com dificuldade para gerir suas superestrelas, Pochettino tem vivido dias de tensão e pressão, sem o apoio público que recebeu no início de sua jornada.
2-0 | ||
Gana Gueye 8' Lionel Messi 74' |