A juventude e o histórico de atleta não bastaram para John Kennedy se livrar das agruras da Covid-19. Primeiro, o sofrimento com a doença em si e a dificuldade por lidar com uma versão mais dura dela. Depois foram meses parado, um retorno truncado e novamente adiado, e um "rebaixamento" para a base. Um ano difícil para a promessa tricolor, mas que pode terminar com uma triunfal volta por cima.
A temporada começou bem para o jovem de então 18 anos. Kennedy ganhou minutos com profissional, marcou dois gols e caminhava para o aniversário de 19 anos como um membro útil do time principal, com promessas de mais por vir. Foi quando começou a sentir os primeiros sintomas de Covid-19. Com a sua idade e vigor físico, não se esperava grandes complicações nas Laranjeiras. Mas não foi bem assim.
A gravidade e as sequelas deixadas pelo Covid em John Kennedy foram sempre um assunto tratado com cuidado e certo mistério no Fluminense. Mas o silêncio e a ausência foram o suficiente para percebermos que a recuperação não foi das mais fáceis. Foram exatamente três meses de intervalo entre seu último jogo antes da doença e seu retorno aos gramados, em julho. E Kennedy estava longe de sua melhor forma.
Depois de alguns poucos minutos no time principal e uma tentativa de ganhar ritmo no sub-23, Kennedy sumiu novamente do radar. O atacante teve de dar mais um passo atrás e retornou ao sub-20. A sua estreia foi no dia 6 de setembro. E seu desempenho tem feito o Fluminense sonhar em um reforço caseiro.
Logo na primeira partida no sub-20, Kennedy deixou sua marca, em empate em 1 a 1 com o Palmeiras. Depois vieram os clássicos com Vasco, por duas vezes, e Botafogo. Foram mais quatro gols e duas assistências. Marcão ainda aproveitou para o dar mais alguns minutos no time principal, pelo Brasileiro, no empate em 2 a 2 com o Cuiabá, na última segunda-feira.
Dois dias depois, Kennedy entrou em campo para o primeiro jogo da decisão do Carioca Sub-20 contra o Flamengo. Anotou logo um hat-trick na vitória por 4 a 1. Um grande passo para o título estadual da categoria.
Independente do resultado do segundo jogo, Kennedy parece ter transformado um difícil 2021 em um ano de afirmação. Cinco jogos, com oito gols e duas assistências provam que a promessa tricolor é grande demais para seguir no sub-20 mais uma temporada. O torcedor já aguarda com expectativa para ver se o atacante vai repetir o sucesso nos profissionais.
4-1 | ||
John Kennedy 7' 14' 84' Yago 17' | João Pedro 6' |