Em um jogo morno na Vila Belmiro, o Santos bateu o rival São Paulo, pela quinta rodada do Brasileirão. As duas equipes passaram boa parte do confronto se estudando, mas os donos da casa souberam aproveitar melhor os erros individuais do Tricolor. Os gols do Peixe foram marcados ainda no primeiro tempo por Marinho, aos 26, e Gabriel Pirani, aos 42, depois de uma trapalhada imensa de Liziero.
Com a vitória, os comandados de Fernando Diniz sobem para a nona colocação, com sete pontos. Já o São Paulo confirma o início claudicante no Brasileiro e estaciona nos dois pontos, na 17ª colocação, no Z4, sem nenhuma vitória. Para piorar, esse é o pior início de Brasileiro na história de pontos corridos do tricolor. Até então, os piores inícios foram em 2008 e 2009, com seis pontos, seguido pela temporada de 2018, com sete.
No prosseguimento do torneio, o Peixe vai a Porto Alegre, na próxima quinta-feira, enfrentar o Grêmio, às 21h30. Já o São Paulo pega o Cuiabá, no Morumbi, às 19h, na quarta-feira.
O primeiro tempo foi pegado entre Santos e São Paulo, na Vila Belmiro. Apesar do domínio de posse de bola santista nos primeiros minutos, nem Santos nem São Paulo conseguiam levar perigo à meta do gol adversário. Além disso, a pressão de bola feita pelo Peixe, impedia o São Paulo de jogar. Por outro lado, a marcação individualizada do Tricolor também não surtia efeito contra os principais jogadores santistas, como Marinho e Kaio Jorge.
O jogo seguia morno até os 26 minutos, quando Camacho achou Jean Mota na entrada da área pela direita. O meio campo deu um passe na medida para Marinho, que dominou e chutou no canto de Tiago Volpi. Santos 1 a 0.
O Peixe teve chance de aumentar, aos 36. Marcos Guilherme ganhou na corrida de Diego, e cruzou para a área, Kaio Jorge chutou de primeira e a bola saiu raspando pela linha de fundo.
Aos, 40, o São Paulo acordou e chegou com perigo em sua única chance real no primeiro tempo. No ataque, o lateral Reinaldo recebeu cruzamento, dominou e chutou com força. Pará se jogou no lance para atrapalhar a trajetória da bola, que passou por cima levando perigo.
E o esboço da reação Tricolor foi interrompido logo no lance seguinte após uma falha grotesca da zaga do São Paulo. No lance, Bruno Alves, ainda no campo defensivo, cobrou falta e tocou para Liziero, que na tentativa de recuar para Volpi, deu um presentão para Kaio Jorge. O jogador santista, sozinho, fez o passe para Gabriel Pirani, que também sozinho, marcou para os donos da casa. Santos 2 a 0.
Assim como no primeiro tempo, o Santos começou melhor na segunda etapa. No terceiro minuto, mais uma vez o São Paulo errou na saída de bola, Jean Mota roubou e encontrou Marinho, que cortou Reinaldo com um drible. O lateral do São Paulo acabou fazendo a falta na entrada da área. Na cobrança, Kaio Jorge arrematou no cantinho de Volpi, que defendeu bem.
Cinco minutos depois o São Paulo (quase) diminuiu. Em rápido contra-ataque, Eder recebeu lançamento e cruzou para a área. No bate-rebate da defesa santista, Igor Vinícius finalizou, mas Pará salvou em cima da linha. No rebote, Igor, de novo, tentou e marcou. Porém, a arbitragem, com a confirmação do VAR, marcou impedimento de Eder ainda no início do lance.
Até os 15 minutos, o Santos seguia mais perigoso e quase fez o terceiro com Marinho. Em boa cobrança de falta, o atacante soltou um míssil e acertou o travessão de Tiago Volpi. No rebote, Kaio Jorge tentou de cabeça, mas o arqueiro do tricolor se recuperou e defendeu bem.
Após o gol o jogo seguia brigado e com muitas faltas, até os 35 minutos, eram 36, 20 cometidas pelo Santos e outras 16 para o São Paulo. Além disso, o Tricolor tinha mais posse de bola, 58 a 42%, porém, tinha muitas dificuldades no momento de definir as jogadas e não levava grande perigo à meta de John Victor.
No fim do jogo, um drama para o Santos. Após um choque com Balieiro, aos 45, o goleiro John não tinha mais condições de jogo, porém Fernando Diniz já havia feito todas as alterações permitidas. O arqueiro seguiu em campo mesmo mancando e claramente com um incômodo no joelho. O drama santista serviu também para demonstrar a ineficiência ofensiva do São Paulo. Praticamente sem goleiro, a meta santista não foi ameaçada em nenhum momento por mais de dez minutos, uma vez que o jogo teve mais de 11 minutos de acréscimo. Mesmo com o o sufoco, o Santos conseguiu se defender bem e manteve o placar até o final.
2-0 | ||
Marinho 27' Gabriel Pirani 44' |