O Vasco chegou a abrir 2 a 0 diante do Madureira, no sábado, em Los Larios, mas sofreu com a bola parada do Tricolor Suburbano e levou o empate. Os cruzamentos são, até o momento, o pior pesadelo da defesa vascaína em um início de temporada de muitas falhas.
Até o momento, o Vasco venceu apenas uma de sete partidas na temporada, com quatro empates e duas derrotas. O time marcou nove gols, mas levou outros nove.
Como provado no duelo do sábado, em Xerém, os cruzamentos e bolas paradas são sempre motivo de preocupação para o time de Marcelo Cabo. Dos nove gols que o Cruz-Maltino levou na temporada, quatro foram de bola parada, três deles de cabeça.
O posicionamento no miolo da zaga, que em alguns momentos deixa laterais de baixa estatura responsáveis por marcar atacantes mais altos, está longe de ser o único defeito do time. Se quatro dos nove gols sofridos são de bola parada, contando ainda os de bola corrida chegamos a oito tentos que surgiram de cruzamentos.
Além dos quatro gols de bolas paradas que foram jogadas na área (duas faltas e duas cobranças de escanteio), houve dois gols contra resultantes de cruzamentos da canhota da área (Zeca e Ricardo Graça marcaram contra), um gol que surgiu de um corte mal feito após cruzamento da direita (de Bruno, da Caldense) e o gol de João Carlos, do Volta Redonda, ao receber cruzamento da direita.
Os lados dos cruzamentos se revezaram, o que mostra que as duas laterais estão expostas. Há espaço o suficiente para os pontas ou laterais adversários lançarem bolas na área. MT e Zeca, na esquerda, e Cayo Tenório e Léo Matos, na direita, têm características ofensivas. O que requer uma cobertura mais bem organizada dos volantes ou descidas mais equilibradas.
Até o momento, e até de forma natural, pelo pouco tempo de trabalho e mesmo de competição, o Vasco ainda requer muitos ajustes. Os erros já apresentam padrões bem claros. Restam os treinamentos do dia a dia, em trabalhos específicos condicionados pelo desempenho nos jogos, atuarem como ferramentas de correção.