Depois de Yeferson Soteldo ter recusado uma proposta do Al Hilal para se mudar para a Arábia Saudita, o Santos se viu contra a parede para equilibrar as finanças. Orlando Rollo, presidente santista, concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira para explicar a situação financeira e apresentar um plano para manter o atleta na Vila Belmiro.
O dirigente contextualizou o delicado momento financeiro que vive o clube e apresentou uma solução para o Peixe não perder Soteldo de imediato e, também, não ser punido pela Fifa pela dívida que o clube ainda tem com o Huachipato, do Chile, quando da transferência do venezuelano para o futebol brasileiro.
Os chilenos têm uma ação na Fifa pela dívida santista por Soteldo, o que pode acarretar em um transfer ban, um banimento para novas contratações até o valor ser pago. Rollo envolveu o Huachipato em um plano que tentou explicar.
"Essa proposta traz inúmeras vantagens e eu de modo transparente quero abrir. Se conseguimos hoje aprovar no Conselho Deliberativo e o atleta aceitar, conseguimos manter o Soteldo no Santos. Se aceitarmos essa proposta, resolvemos uma dívida antiga sem tirar um centavo do bolso. O Santos nunca pagou um real sequer pelo Soteldo. Se aceitarmos essa proposta, o Huachipato cancela o transfer ban", começou a explicar.
A proposta é simples: o Peixe devolveria os 50% dos direitos econômicos que adquiriu de Soteldo ao Huachipato, e o jogador ficaria na Vila Belmiro até os chilenos negociarem o atleta. O Santos ainda teria direito a 10% de uma possível venda do jogador.
"A gente mantém o jogador no clube até o prazo em que o Huachipato negocie o atleta. A gente transfere 50%, eles ficam com 100% do atleta, eles mantêm o atleta no clube até venderem", explicou o mandatário santista.
"Ou seja, não gastamos um centavo e ainda vamos lucrar no futuro. E evitamos uma operação de risco com o Al Hilal", resumiu. Agora, o Santos aguarda a resposta de Soteldo para bater o martelo.