O Vasco anunciou, nesta semana, a contratação do meia argentino Leonardo Gil, de 29 anos. O jogador não é tão conhecido no Brasil, mas teve uma carreira regular na Argentina, com conselhos de Pablo Guiñazu, e trabalhou com Fábio Carille no Al Ittihad, na Arábia Saudita.
Natural de Río Gallegos, Gil começou a carreira no CAI de Comodoro Rivadavia. Chegou na elite do futebol argentino em 2014, após conseguir o acesso com o Olimpo no ano anterior.
Meia canhoto que pode jogar como segundo volante, Gil jogou todas as partidas do Olimpo no retorno da equipe para o Campeonato Argentino (38 jogos), perdendo apenas poucos minutos quando substituído em nove partidas.
Em 2015, se mudou para o Estudiantes, onde disputou sua primeira Libertadores. Deixou o clube na temporada seguinte, como um titular de alguma irregularidade, para ser protagonista no Talleres, onde aprendeu muito com os conselhos do ex-vascaíno Pablo Guiñazu.
"Aprendi muito com ele. Foi um excelente jogador. Me aconselhou muito e falou muito do Vasco. Disse que chego a uma cidade maravilhosa e a um clube muito grande. E diz que o que a torcida quer mais é que deixe tudo em campo", confessou Gil.
A boa fase no Talleres fez Gil se tornar alvo de Jorge Sampaoli, que o desejava comandar na seleção chilena. O volante ainda ponderou a situação, com a expectativa de ser lembrado na seleção argentina, mas no fim aproveitou o parentesco de uma avó chilena para se naturalizar.
"Tenho muita vontade de jogar no Chile. Para mim é algo muito importante, que me deixa feliz. É uma grande honra que Sampaoli tenha olhado para mim. Seria um salto na minha carreira (ser treinado por ele)", explicou na época.
Gil escolheu o Chile e, em seguida, se naturalizou. Mas sem Sampaoli na seleção, o volante acabou nunca recebendo a chance de defender o país de sua avó.
No futebol argentino, o volante conquistou seu único título em 2018, pelo Rosário Central: depois de ter deixado o Talleres, seu antigo clube, no caminho nas oitavas de final, levantou a Copa da Argentina com vitória nos pênaltis sobre o Gimnasia de La Plata.
Pelo Rosário Central, viveu seus melhores momentos no futebol argentino e teve contribuição ofensiva com 16 assistências e três gols ao longo de 71 partidas em campo (5964 minutos de jogo).
Gil deixou os Canallas em 2020 por 1,8 milhões de dólares para defender o Al Ittihad. Foi companheiro dos brasileiros Marcelo Grohe, Bruno Uvini, Jonas e Romarinho, e comandado por Fábio Carille.
Fez 15 jogos, marcou um gol e deu uma assistência no futebol árabe, jogando pela última vez em 9 de setembro. Agora, volta para a América do Sul para atuar pela primeira vez no futebol brasileiro.
O volante chega ao Vasco com a experiência de 171 partidas do Campeonato Argentino, 13 na Libertadores, uma na Sul-Americana e 13 no Campeonato Saudita.