Quem não acompanha de perto o Atlético Mineiro pode pensar que a derrota para a Caldense foi um ponto fora da curva para o time alvinegro. A realidade recente, no entanto, mostra que não é bem assim. Apesar das óbvias diferenças de nível entre os dois clubes, o Galo curiosamente tem sofrido contra o time alviverde. E o confronto já marcou também negativamente a carreira do tetracampeão Taffarel.
Começamos pelo histórico mais recente. A derrota deste domingo foi a terceira sofrida pelo Atlético nos últimos quatro confrontos. A única vitória nos últimos quatro anos foi em 2019, com um placar magro de 1 a 0.
O duelo, que historicamente sempre foi positivo para o lado alvinegro, teve uma mudança de tendência drástica a partir de 2013. A Caldense venceu por 2 a 1 naquela partida e, desde então, em 10 jogos disputados, somou cinco vitórias. O duelo terminou empatado apenas uma vez e o Galo venceu quatro. Não é comum para um gigante mineiro sofrer por tanto tempo contra um clube menos tradicional, do interior do estado.
A Caldense, aliás, não surpreendeu apenas o Atlético. O clube é atualmente o líder do Mineiro, com 13 pontos em seis jogos, e vem de três vitórias consecutivas.
O confronto entre Atlético e Caldense reserva uma história também curiosa, envolvendo um dos maiores ídolos brasileiros no gol. Cláudio Taffarel, o tetracampeão, viveu um dos seus momentos mais constrangedores na carreira em um duelo entre as duas equipes pelo Mineiro de 1996.
Já veterano e vestindo a camisa do Atlético, Taffarel se descontrolou completamente aos ser driblado por Jamerson, da Caldense. O goleiro abraçou seus instintos mais primitivos e partiu para a agressão, derrubando o atacante com um pontapé e o chutando depois de caído no chão. Como natural, o ídolo foi expulso, em partida que terminou com empate em 1 a 1.
1-2 | ||
Igor Rabello 59' | Filipi Sousa 20' (pen.) João Victor 90' |