Miranda foi sincero na entrevista coletiva que concedeu na tarde desta quarta-feira, no CT do Porto, em Portugal. Não fugiu de responder sobre a temporada de poucos jogos na Internazionale, garantiu que pode seguir ajudando a seleção com sua experiência e que espera ser o "escudo" dos mais jovens.
Sem a tradicional máscara que usa nos treinamentos, como prevenção por lesão no nariz, Miranda comentou a falta de sequência no futebol italiano. Até o momento, o zagueiro jogou apenas 15 vezes na temporada, pior número da carreira na Europa. Apesar dos números, o jogador evitou falar em tom de despedida.
"Não vejo um fim de ciclo e confesso que é um momento diferente na carreira. Desde que comecei a jogar, sempre fui titular. Esse ano, estou jogando um pouco menos, mas tenho aprendido a lidar com essa situação. Quando você joga demais, praticamente não tem tempo para treinar. Esse ano, estou aproveitando o tempo a mais para me dedicar mais nos treinamentos. Joguei vários jogos importantes na temporada e mostrei o nível que queria mostrar", declarou.
O defensor garantiu que a falta de sequência não o atrapalha na seleção brasileira. Miranda, aos 34 anos, evita falar em despedida da seleção, e garante que tem muito a somar com sua experiência.
"Não penso, ainda, na minha despedida, penso no momento que estou. Enquanto estiver em condições de atuar em alto nível, vou atuar. Meu pensamento é: enquanto estiver condições de ajudar, vou ajudar. A caminhada é longa até o próximo Mundial. A gente sabe das dificuldades, então não posso deixar a seleção na mão".