Destaque do Grêmio entre 2015 e 2017, o atacante Pedro Rocha tem dificuldades para se firmar no futebol russo. O jogador fez apenas três jogos na temporada pelo Spartak, de Moscou. Para a reportagem de oGol, o atleta analisou as dificuldades no país e não descartou um retorno ao Brasil.
Pedro Rocha foi campeão da Copa do Brasil, marcando duas vezes na final, e participou do início da vitoriosa campanha na Libertadores do Tricolor. O jogador não esconde que a passagem pelo Grêmio foi o ápice de sua carreira até o momento.
"Era um momento muito bom, meu em particular e do clube. Nosso desempenho em campo nos levou a conquista da Copa do Brasil e a manutenção disso trouxe outros títulos para o Grêmio. Foi um momento muito especial para mim e que guardo com muito carinho. Se estou aqui jogando em uma das potências do futebol russo, é devido a tudo o que aconteceu", recorda.
Do Rio Grande do Sul, Pedro Rocha foi para Moscou. Ainda em 2017, após 126 jogos e 32 gols pelo Tricolor, o atacante foi para o Spartak. Rocha lembra que a adaptação ao novo país não foi um problema.
"Eu consegui me adaptar rápido. Tem sempre um 'brasuka' por aqui e, no caso do Spartak, vários (risos). Fui muito bem recebido e aqui estou aprendendo muito. Tanto no sentido pessoal, quanto profissional. Tem toda questão do clima, do idioma, mas isso é algo que não surpreende um atleta, pois faz parte da nossa carreira. É preciso aproveitar cada minuto, como sempre fiz em todos os clubes que passei. Acredito que me manter assim é o que me motiva a trabalhar mais e estar sempre com a mente aberta para novos desafios dentro do futebol", comentou.
Os poucos jogos na temporada fazem o nome de Pedro Rocha aparecer de novo no mercado brasileiro. O nome do jogador é comentado nos bastidores do Corinthians, que não sabe ainda se fica com Romero. Rocha não fecha as portas para o mercado brasileiro.
"Fico feliz em saber disse pela imprensa ou através do meu empresário (Hamilton Bernard). É o reconhecimento do trabalho, de quem me conhece de verdade e não analisa somente um momento ou uma situação. Penso que todo brasileiro tem em mente voltar a atuar em seu país, mas mantenho essas questões com meu representante para que eu possa manter o foco nas atividades por aqui", explicou.
O ex-gremista não esconde que deixou sua marca com a camisa tricolor, mas deixa em aberto a possibilidade de defender outras equipes brasileiras.
"Antes de chegar ao Grêmio, atuei por outras equipes. Qualquer jogador cria uma relação de carinho com a torcida e com o clube onde foi vencedor. Mas antes de tudo isso, sou um profissional do futebol e preciso respeitar aquele a quem confio minha carreira. Assim como fui feliz no Grêmio, trabalho para ser feliz no Spartak e minha dedicação será plena para a camiseta que eu estiver vestindo. O que sempre verei sempre com bons olhos é fazer o que mais gosto: jogar futebol. Nasci para isso. É o que me satisfaz".