A Copa do Mundo ainda não acabou, mas, para quem não sabe, já tocou o famoso hino da Liga dos Campeões na Europa. O maior torneio de clubes do mundo já começou, nas fases eliminatórias. E, claro, onde tem Champions, tem brasileiro em campo. A reportagem de oGol conversou com alguns deles.
A palavra "sonho" esteve sempre na conversa, logo acompanhada pelo nome da competição. Foi unanimidade: o desejo de disputar o torneio atraiu a atenção dos brasileiros, mesmo em ligas consideradas "alternativas".
O lateral Willian Cordeiro, de 24 anos, deixou o Oeste para se aventurar na Albânia. Defendendo o Përparimi Kukesi, o brasileiro abriu a Liga dos Campeões com empate diante do Valletta FC, de Malta. O atleta não esconde que a Champions foi o grande atrativo para deixar o Brasil e rumar para a Albânia.
"Com certeza, pesou muito para minha vinda para cá. É um sonho, todo jogador espera um dia pode jogar uma Liga dos Campeões. A grande visibilidade que tem, o mundo todo assiste a Liga dos Campeões... Portas maiores se abrem", garante.
O jogador sabe, porém, que para chegar na fase de grupos do torneio o time ainda precisa batalhar muito. Mas, confiante em uma vitória em Malta, acredita que seguirá vivendo o sonho.
"Estou curtindo e aproveitando isso tudo. Estou conhecendo muitas coisas aqui, cidades, países... Com certeza, ouvir o hino da Champions... Não tem como não se arrepiar. Escutava em casa pela Tv e hoje estou tendo a oportunidade de vivenciar isso. É surreal".
Bruno Dybal, formado pelo Palmeiras, atualmente defende o Suduva, da Lituânia. O atacante entrou no decorrer da vitória da equipe diante do Apoel, do Chipre, por 3 a 1, no primeiro jogo do torneio. O jogador admitiu que disputar "a maior competição de clubes do mundo" pesou em sua decisão de ir para a Lituânia. "É um sonho que estou realizando".
Para chegar nos grupos da Champions, o Suduva terá de passar pelo Apoel e ainda por outras eliminatórias, com equipes teoricamente mais fortes. Dybal quer seguir ouvindo o tradicional hino da Liga dos Campeões.
"O caminho é longo e com muitos clubes bons, a começar pelo Apoel, nosso adversário. Penso que ouvir esse hino, disputando essa competição, é realizar o sonho de muitos atletas".
Quem também vive o mesmo sonho é Vitor Faíska. Ex-Boavista, de Bacaxá, o brasileiro está no Spartaks, da Letônia. Na primeira experiência internacional da carreira, o meia tem pela frente logo o tradicional Estrela Vermelha, da Sérvia. Na ida, empate em 1 a 1.
"Sabemos que é bem complicado, a final se trata do maior torneio entre clubes do mundo, mas estamos trabalhando forte para alcançar esse objetivo de classificar para a próxima fase preliminar", garante.
Faíska almeja chegar nos "grandes clubes do mundo", mas, por enquanto, vai vivendo o sonho de Champions na Letônia. O atleta garante que o futebol é vivido de forma intensa no país. Afinal, a beleza do esporte está também nas várias formas de vivê-lo.
"A Letônia, como a maioria dos países da Europa e até mesmo do mundo, é apaixonada por futebol. Estádios até agora de excelente qualidade e reparei também um grupo de senhores que não param de cantar e gritar 'Spartaks!'", contou.
O uso dos mercados alternativos da Europa como uma vitrine para os jogadores é uma tendência. O empresário Rian Marques analisa a oportunidade.
"São mercados muito interessantes pela visibilidade. Ficamos esperança que a equipe vá avançando de fase na Champions League. Mesmo sabendo da dificuldade de equipes com pouca tradição no futebol, estamos tentando ajudá-los colocando bons atletas brasileiros nesse mercado".
Willian, Dybal e Faíska, assim como também outros brasileiros, voltam a viver o sonho de Champions na próxima semana, nos jogos de volta da primeira fase pré-eliminatória. Clique aqui e saiba tudo sobre o torneio!