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Tragédia climática no RS

Presidentes da dupla Gre-Nal reforçam pedido por paralisação e descartam sair do estado

2024/05/08 17:44
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O Rio Grande do Sul enfrenta uma das piores tragédias climáticas da sua história e ainda trabalha para conter os efeitos causados pelas enchentes. Diante do cenário avassalador causado pelas chuvas, Alberto Guerra, presidente do Grêmio, e Alessandro Barcellos, presidente do Inter, ressaltaram o pedido pela paralisação dos campeonatos nacionais e descartaram a possibilidade de deixar o estado para atuar em outras regiões.

Nesta semana, Palmeiras, São Paulo e Flamengo disponibilizaram suas estruturas de treinamento para receber os clubes gaúchos numa tentativa de oferecer uma alternativa para a não paralisação do Campeonato Brasileiro. O convite foi prontamente negado pelos dirigentes da dupla Gre-Nal.

"Nós aqui no Grêmio recebemos essa solidariedade, como também de quase todos os clubes, mas também julgo que é justamente por conta desse distanciamento e de não saber o que estamos passando é que estão oferecendo isso. Talvez nos sirva a partir de junho", falou Alberto Guerra em entrevista ao Uol.

"Os jogadores estão preocupados com suas famílias, muitos dos jogadores perderam casas, 70 pessoas que trabalham no CT do Grêmio, a grande maioria perdeu muita coisa, estão em casas de amigos e parentes. Não são só os 22 jogadores que vão viajar que representam o Grêmio, nós temos 350 funcionários, e tirar eles de suas famílias nesse momento para morar em outro estado? Essa é realmente uma solução de quem está muito distante do problema. Agradeço, obrigado pelo carinho, por tudo, mas assim, deixa a gente aqui salvando nossas famílias e depois quando a gente puder falar de futebol, a gente vê a melhor solução", completou.

Apesar de agradecer pelas solidariedades, o presidente gremista se mostrou insatisfeito com as ações tomadas até o momento. O dirigente reforçou a falta de noção sobre o momento enfrentado no estado.

"Futebol é festa, alegria, uma expressão da cultura brasileira. E me sinto agredido vendo comemorar gol em outros estados e a gente sofrendo, corpos boiando, as pessoas morrendo. Muito grave o que estamos vivendo. Não sei onde vamos treinar, jogar. Juro que hoje isso pouco importa. Estamos em uma fase de sobrevivência e de ajudar o próximo, de buscar água, de dar alimento", destacou.

Ambos os presidentes formam um coro pela paralisação imediata das competições nacionais. Até então, apenas as partidas envolvendo os clubes gaúchos foram adiadas pelos próximos 20 dias.

"Eu sou da opinião que deveria parar, no mínimo, a próxima rodada, talvez duas. Mas é muito grave a situação. Alguns demonstraram ser favoráveis. Se todos os presidentes estivessem na nossa condição, pensariam a mesma coisa. Mas não estão, então não conseguem ter a verdadeira dimensão", reforçou Guerra.

Na mesma linha, o presidente colorado também ressaltou a necessidade de uma paralisação do campeonato, alegando que a medida paliativa não será o suficiente.

"Foi uma medida emergencial e que eu vejo insuficiente para o tamanho da tragédia que estamos vivendo. Sei que é difícil para quem não está aqui ter essa dimensão. Às vezes, as pessoas podem pensar que foi uma região específica da cidade. Não. Foi o estado inteiro, cidades devastadas", falou Alessandro Barcellos.

Ainda sem um posicionamento definitivo da CBF, o Campeonato Brasileiro segue rolando nas quatro divisões, além da disputa no feminino, enquanto no Rio Grande do Sul, as vítimas fatais já superaram os 100 casos, além da quantidade semelhante de desaparecidos.

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