A paralisação dos campeonatos por todo o mundo vem provocando uma série de incertezas em clubes, federações e jogadores. Na tentativa de estabelecer alguma ordem em meio ao caos, a Fifa divulgou suas diretrizes para o futebol pós-Covid.
A primeira e mais importante recomendação é o prolongamento dos contratos até o fim da temporada, seja quando for, e o início de novos contratos apenas para a próxima temporada. Como natural, a maior parte dos contratos leva em consideração as datas pré-estabelecidas das temporadas, e o fim destes acordos antes do encerramento das competições trazia grande incerteza.
"Isto deve estar alinhado com a intenção original das partes quando o contrato foi assinado e também deve preservar a integridade e estabilidade esportiva", justifica o comunicado da Fifa.
A recomendação não impede novas dúvidas, já que a data de retorno das competições nos países deve variar de acordo com o impacto da pandemia em seu território. A Europa, que segue um calendário semelhante por todo o continente, pode ver essa organização falhar nos próximos meses.
Em um segundo tópico, a Fifa sugere negociação entre atletas e clubes na tentativa de acordos amigáveis sobre a questão salarial enquanto há a paralisação das competições. A entidade prefere não se intrometer no assunto, mas publicou as diretrizes que levará em conta se algum caso terminar em disputa na Fifa. Entre elas está a situação financeira do clube, o tratamento igualitário entre jogadores e se houve esforço do clube para chegar a um acordo.
Sobre o mercado de transferências, a Fifa determinou que tornará flexível a janela entre as duas temporadas, sem estipular datas neste momento de incerteza. O período de transferências levará em conta as datas de término da atual temporada e início da próxima.