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    Cruzeiro

    Texto por Carlos Ramos
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    O Cruzeiro foi fundado no dia 02 de janeiro de 1921, pela colônia italiana em Belo Horizonte, como Societá Sportiva Palestra Itália. As cores do clube eram as mesmas da bandeira italiana: verde, vermelho e branco. 

    No início da trajetória, a equipe palestrina viu a superioridade dos rivais América e Atlético. O América foi decacampeão do Estado, entre 1916 e 1925, enquanto o Atlético foi bicampeão nos anos seguintes. Mas, em 1928, o Palestra foi, pela primeira vez, campeão mineiro, e, com um time que teve nomes marcantes como  Ninão, Nininho, Bengala e Piorra, acabou tricampeão. 

    Demorou dez anos para o novo título, que só veio em 1940. Foi o último com o nome de Palestra Itália. Com a participação italiana na Segunda Guerra Mundial, o Governo brasileiro proibiu a utilização de termos que fizessem referência a Itália. O Palestra virou Cruzeiro Esporte Clube, em homenagem ao Cruzeiro do Sul, símbolo nacional. 

    O uniforme e o símbolo do clube também mudaram. As cores italianas deram lugar ao azul. No primeiro jogo como Cruzeiro, vitória sobre o América, por 1 a 0, no final de 1942. Os anos de glória retornaram ao clube com o novo nome e o Cruzeiro foi tricampeão mineiro de 1943 até 1945. 

    Crise financeira e era Mineirão

    A vitoriosa equipe celeste acabou desfeita pela grave crise financeira que surgiu no clube nos anos seguintes. Investindo na reforma do Estádio Juscelino Kibitschek, o clube acabou perdendo os principais nomes do time. Na década de 1950, chegou a viver em regime semi-amador. 

    Só no final da década o Cruzeiro voltou a ser uma potência, se sagrando novamente tricampeão mineiro entre 1959 e 1961. Foi pouco depois disso que Belo Horizonte inaugurou o grande estádio do Estado: o Mineirão. 

    Enquanto o estádio engatinhava, a Raposa começava a formar um dos grandes times da história do clube. Tostão, Piazza, Dirceu Lopes e Raul Plassmann já estavam no elenco campeão mineiro em 1965. Foi o primeiro título no estádio. 

    O time que desafiou Pelé

    Em 1966, os "meninos" estiveram entrosados o suficiente para voltarem ao todo de Minas Gerais. Mais que isso: alcançaram o topo do Brasil. Sim, naquela época o Cruzeiro conseguiu desafiar o Santos, do Rei Pelé, que era a grande potência do futebol nacional. 

    Após deixar Grêmio e Fluminense pelo caminho, o Cruzeiro decidiu a Taça Brasil de 1966 com o Santos. O Mineirão foi o palco da primeira final e, claro, os torcedores mineiros estavam nervosos pelo jogo. Mas acabaram surpreendidos. 

    Não houve show de Pelé, que ainda acabara expulso. Houve um baile comandado por Dirceu Lopes, que fez três gols, e Tostão, que marcou um. Natal também deixou o dele, e a Raposa venceu por 6 a 2, confirmando o título com vitória ainda mais incrível no Pacaembu, por 3 a 2. Os heróis foram os mesmos: Dirceu, Tostão e Natal, com um gol cada. 

    Aquele timaço cruzeirense, comandado pelo craque Tostão, seguiu com grandes campanhas nos anos seguintes e conquistou o pentacampeonato mineiro, feito até hoje ainda não repetido pelo Cruzeiro. 

    A conquista da América e a tríplice coroa

    A Raposa seguiu com um grande time na década de 1970, e foi tetracampeã mineira. O principal feito, porém, foi conquistado bem longe de Belo Horizonte. Ainda com alguns remanescentes do pentacampeonato (o goleiro Raúl Plassmann e Piazza), o Cruzeiro derrubou o River Plate e conquistou a Libertadores da América. O grande craque daquele time foi Palhinha, outro dos ídolos históricos celestes. 

    Demoraria mais duas décadas até o Cruzeiro voltar ao topo do continente. Com gol de Elivélton, o time, comandado por Paulo Autuori, venceu o Sporting Cristal, no Mineirão, e conquistou novamente a Libertadores. 

    Todas as coquistas já citadas poderiam ser suficientes para colocar o Cruzeiro como um dos grandes do futebol brasileiro, mas, em 2003, o time celeste foi além. Comandado por Vanderlei Luxemburgo no primeiro Campeonato Brasileiro por pontos corridos, chegou aos 100 pontos, feito nunca mais igualado. 

    O ano de 2003 foi muito especial para um time que tinha o genial meia Alex, o goleiro Gomes, os zagueiros Cris, Edu Dracena e Luisão, o volante chileno Maldonado, o experiente Zinho, Deivid e o colombiano Victor Aristizábal. Foi a temporada perfeita, com a conquista da chamada tríplice coroa, que acabou no escudo cruzeirense. O Cruzeiro venceu o Mineiro, o Brasileiro e a Copa do Brasil. 

    Copa do Brasil que, por sinal, se tornou uma das especialidades do clube, que se tornou "copeiro" entre o fim do século XIX e início do XXI, faturando seis vezes a competição, a última delas em 2018, com Mano Menezes. 

    Bicampeão brasileiro em 2013 e 2014, com Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, o Cruzeiro manteve o DNA vencedor. Se o Cruzeiro do Sul é um dos símbolos da nação, o Cruzeiro Esporte Clube virou símbolo de grandeza. 

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