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      Biografia Treinadores

      Uma unanimidade chamada Ênio Andrade

      Texto por ogol.com.br
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      A história de Ênio Andrade talvez tenha ficado um pouco esquecida no futebol brasileiro. Sem treinar nenhum clube carioca, e com uma passagem curta por São Paulo, o técnico brilhou fora do eixo e foi, inegavelmente, um dos grandes treinadores da história do país, uma unanimidade mesmo entre rivais. 

      Nascido em 31 de janeiro de 1930 na capital dos gaúchos, Ênio Andrade começou e terminou a carreira como jogador de futebol no São José, sendo um meia de muitos títulos. 

      Foi bicampeão gaúcho no Inter, faturou o troféu também pelo Renner, e viveu anos felizes no Palmeiras, sendo campeão paulista em 1958. Foi um meia, também, de muitos gols. 

      Ênio Andrade chegou a vestir a camisa da seleção brasileira. Foi capitão e campeão pan-americano em 1956, marcando um gol no difícil encontro com a Argentina.  

      As glórias como treinador

      Se como meia já havia tido uma carreira vitoriosa, Ênio Andrade foi ainda mais feliz como treinador. O começo foi no Náutico, e em Pernambuco o técnico dirigiu os três grandes. 

      "Seu Ênio", como era conhecido, fez história em Recife e foi campeão estadual pelos três grandes. Mas foi no Sul que se tornou uma verdadeira lenda do futebol brasileiro. 

      A primeira grande conquista foi, provavelmente, a mais marcante. Ênio Andrade assumiu o Internacional no lugar de Cláudio Duarte em 1979. O início foi um pouco difícil, mas o time engrenou. 

      Após partidas em que encontrou dificuldade contra equipes consideradas "menores", o Colorado engrenou no mata-mata do Brasileirão e conquistou o título de forma invicta. 

      Dois anos depois, Ênio se mudou para o rival, Grêmio, e conseguiu sucesso parecido. O treinador conquistou o respeito da torcida tricolor com outro título brasileiro

      O técnico era conhecido como um excelente gestor de grupo. Na campanha daquele título brasileiro, o Tricolor chegou a levar de 3 a 0 para o São Paulo, mas Ênio conseguiu recuperar o moral do time, como lembrou para oGol Paulo Roberto, lançado pelo técnico ainda jovem naquele ano. 

      "A gente ficou chateado, lógico, com o resultado, mas o professor Ênio conseguiu transformar essa frustração em confiança para a continuidade do campeonato”, lembrou Paulo Roberto.

      O Grêmio não era o grande favorito naquele ano, mas estava longe de ser uma zebra. Em 1985, Ênio Andrade conseguiu uma façanha ainda mais memorável em Curitiba. 

      O Coxa dominou o Brasil com uma campanha surpreendente, sob o comando de Ênio Andrade. Deixando para trás os favoritos, o Coritiba decidiu o Brasileirão daquele ano contra o Bangu e, diante de um Maracanã recheado de torcedores dos outros grandes da cidade, levou a melhor nos pênaltis. 

      Ênio Andrade voltaria a uma final de Campeonato Brasileiro em 1987, mas acabou derrotado pelo Flamengo. Na época, comandava o Internacional. 

      O técnico teve passagem vitoriosa também no Cruzeiro. Foi com a Raposa que conquistou seus únicos títulos internacionais: a Supercopa da Libertadores de 1991, superando o River Plate; e a Copa de Ouro Nicolás Leoz de 1995, levando a melhor sobre o São Paulo, de Telê Santana. 

      Ênio Andrade teve passagens curtas pelo futebol paulista, por Bragantino, Corinthians, Guarani e Palmeiras. Em 1995, encerrou a carreira no Cruzeiro, nos deixando dois anos depois por complicações pulmonares em Porto Alegre. 

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