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      Mário de Castro: o artilheiro do trio maldito

      Texto por ogol.com.br
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      O futebol é movido por seus mitos e lendas. Muitos acabam eternizados, e não são esquecidos nem com o passar de muitos anos. E bem mais de 100 anos depois de seu nascimento, Mário de Castro está longe de ser esquecido pelo torcedor atleticano. 

      O atacante era um exímio goleador. Segundo o jornalista e escritor atleticano Ricardo Galuppo, Mário não errava um chute, e tinha uma média de gols fenomenal. 

      "Mário de Castro era um talento excepcional para o futebol. Diz a lenda que fez gols em todos os jogos em que atuou com a camisa atleticana. Isso, com certeza, é verdade. Quem o viu jogar garante que era incapaz de errar um chute a gol. Ou a bola entrava ou era interceptada pelo goleiro. Para fora, ela nunca ia. Batia na pelota com a elegância de um Reinaldo, tinha o senso de colocação de um Dario e era voluntarioso como Ubaldo Miranda", exemplificou Ricardo. 

      Pois Mário nasceu em 30 de junho de 1905. Natural de Formiga, deixou a cidade para se aventurar em Belo Horizonte. Foi cursar medicina, mas se encantou com o futebol, e com uma camisa alvinegra. 

      Mário chegou a treinar no América, mas escolheu o Atlético. Mesmo o Coelho sendo o grande time da cidade no início da década de 1920. Mas Mário ajudaria a mudar essa história... 

      Depois de dez anos de domínio total do América, Mário de Castro interrompeu a sequência do rival e fez o Galo ser bicampeão em 1926 e 1927, sendo artilheiro nas duas competições. 

      Quem viu Mário jogar garante, como Ricardo Galuppo, que o atacante não errava um chute, e também não passava uma partida sem marcar. Sua fama foi ganhando o país. 

      Mas a história do goleador pelo Atlético foi também de devoção. Mário chegou a receber o convite, mais de uma vez, para defender o Fluminense. Mas negou. 

      A camisa atleticana foi a única que vestiu durante toda a carreira. O atacante recusou, até, vestir a camisa da seleção brasileira. Sem a garantia que seria titular na primeira Copa do Mundo, em 1930, Mário preferiu ficar no Brasil. 

      Ídolo de uma camisa só, foi, segundo as contas do Atlético, o terceiro maior artilheiro da história do clube, com uma média de gols absurda. Ainda segundo os números oficiais do Galo, Mário fez 195 gols em 100 partidas vestindo alvinegro. 

      Os gols foram ressaltados também pelo trio de ataque que formou com Jairo de Assis Almeida e Said Paulo Arges. O ataque era chamado de "Trio Maldito", e infernizou as defesas inimigas. 

      Mário, e o trio maldito, foram protagonistas na maior goleada atleticana em clássicos contra o Cruzeiro: o histórico 9 a 2 de 1927, uma atuação absolutamente arrasadora. 

      O atacante encerrou uma carreira inteira dedicada ao Atlético no início da década de 1930, embora tivesse um jogo de despedida em 1940. Viveu até perto dos 100 anos, morrendo em 1998. Mas nunca perderá seu status de lenda, e estará para sempre imortalizado na história atleticana. 

      Comentários

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      motivo:
      Biografia oGol
      2020-07-01 07h44m por Lucas17
      Tenho uma sugestão para a biografia de um jogador: Jorge "El Mágico" González.
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