O Corinthians estava há 23 anos sem conquistar um título. O gigante estava dormindo, mas, em 1977, acordou. Com a volta de um dos mais vitoriosos técnicos da equipe, e a criação de um herói improvável, o Timão encerrou a seca no Paulista daquele ano.
Oswaldo Brandão havia deixado a seleção brasileira e Vicente Matheus o convenceu a voltar ao clube. O técnico tinha uma longa história vitoriosa no Timão e seria, portanto, o que faltava para o Alvinegro voltar a ser campeão.
Junto com José Teixeira, seu preparador físico e fiel escudeiro, Brandão tentou valorizar o elenco corintiano. Disse não a novas contratações e apostou em quem lá já estava. O elenco era experiente, capacitado para acabar com a longa fila.
O time era bom, acima de tudo. Mas ficava marcado pela falta de títulos. Em 1976, ficou com o vice-campeonato brasileiro em ótima campanha. Só que faltava o título, o destino final que tanto queriam os torcedores. Ainda mais depois de longos anos sem taça.
A campanha no Paulista foi marcada por grandes momentos, mas também houve oscilações. Depois de derrota para o Guarani, em 21 de setembro, Oswaldo Brandão chegou a trancar o vestiário, impedindo a entrada até de Vicente Matheus, para dar uma senhora bronca no time.
O Timão passou, então, a ganhar tudo e todos. Até que chegou na final, contra a Ponte Preta. Foram precisos três jogos para que a equipe de Oswaldo Brandão conseguisse encerrar o longo jejum sem taças.
Palhinha marcou o gol da sofrida vitória na primeira partida, mas a Ponte conseguiu uma virada na segunda e tudo só foi decidido dia 13 de outubro. E nos minutos finais de mais um jogo sofrido.
Corinthians e Ponte Preta empatavam até os 37 minutos do segundo tempo. Foi quando o herói improvável, Basílio, apareceu. Com um jogador a mais em campo, o Timão pressionou. A bola, viva na área, bateu no travessão, na zaga e sobrou para Basílio, que bateu forte para soltar o grito do torcedor e encerrar o longo jejum.
1-0 | ||
Basilio 82' |