Sánchez retorna à sua primeira casa na Europa em função diferente

El Niño Maravilha está de volta para casa. Depois de 13 anos e passagens pelo futebol espanhol, inglês, francês e pelo mesmo italiano, Alexis Sánchez retornou aonde foi feliz quando deixou a América do Sul. O chileno está de volta a Udine, para vestir as cores da Udinese.

16 anos atrás, em 2008, o Cobreloa vendeu o jovem Aléxis Alejandro Sánchez por cerca de três milhões de dólares ao time italiano. E após defender grandes clubes como Barcelona, Manchester United, Inter de Milão e Arsenal, o atacante chileno retornou à sua primeira casa no futebol europeu.

Instabilidade no topo da Europa

Depois de três boas temporadas com a camisa do Arsenal, Alexis Sánchez resolveu mudar de clube dentro da Inglaterra. Escolheu, como novo destino, o Manchester United. E dali para frente nunca mais foi o mesmo jogador.

Tanto que, nas sete temporadas que atuou depois de ser contratado pelo clube de Manchester, marcou mais de dez gols em apenas uma, quando defendeu o Marseille, emprestado pela Inter. Foram 47 gols nas 227 vezes que entrou em campo desde a temporada 2017/18.

Sánchez deixou o United em 2019 para atuar emprestado na Inter e, logo ao fim da temporada, foi contratado em definitivo. Não chegou a ser absoluto no time de Simone Inzaghi. O chileno foi titular da equipe apenas 48 vezes, das 142 que entrou em campo, nas quatro temporadas que esteve por lá.

Nesse tempo que Alexis defendeu a Inter, o chileno ficou de fora, fosse por cartões vermelhos, pequenas lesões ou opção técnica, em 61 ocasiões. A Inter disputou 203 partidas desde a temporada 2019/20, sem contar 2022/23, quando Sánchez jogou pelo Marseille.

Era uma espécie de 12º jogador. Um reserva imediato para o ataque que entrava quando os titulares Lukaku, Lautaro, Dzeko, entre outros atacantes que atuaram naquela função, saíam. Mas tinha a sua devida importância no elenco da Inter.

Como fica na Udinese?

O novo camisa 7 chega para somar no sistema ofensivo da Udinese. Ao lado de Success, Brenner, Davis, Thauvin e Lorenzo Lucca, Sánchez é uma das opções para o ataque dos Bianconeri.

Sánchez atua como ponta esquerda desde que começou no futebol. Mas, recentemente, começou a adotar a posição de segundo atacante como majoritária. Fosse pela idade cada vez mais avançada e pela perda de ritmo. O importante era manter a qualidade.

Alexis já não é mais aquele jogador de velocidade que atua pelas beiradas. Joga de maneira mais inteligente hoje em dia. Atua pela faixa central e dá espaço para jogadores que vem de trás. Joga com mais similaridades a um camisa 10 do que a um ponta de velocidade.

No estilo tático da Udinese, a velocidade é priorizada. Principalmente pelos alas, já que no esquema adotado (3-5-2), eles são mais pontas do que laterais por si próprio. A expectativa é que Alexis jogue no ataque para servir o camisa 9, seja ele Brenner ou Lucca.

O que fica na memória dos torcedores da Udinese é aquele Sánchez que atuava pela ponta esquerda, no mesmo 3-5-2, mas de 13 anos atrás. Agora, na volta para casa, Alexis deve jogar em diferente função e com intensidade menor. Já não é mais o mesmo jogador da primeira passagem.

Da mesma forma, o casamento pode ser de sucesso. Não só pela retrospectiva. Não só pelas lembranças. Mas sim pela técnica que o chileno pode agregar no jogo do novo-velho clube.