Em poucos dias no Rio de Janeiro, Reinaldo Rueda já pôde sentir na pele o que é o Flamengo. Pressão, Maracanã lotado, decisão, clássico, rivalidade e... Festa da torcida. Foram dias intensos para o colombiano.
Na Europa, onde observava jogos e treinamentos, o comandante recebeu o convite do Fla. Não pensou muito: arrumou as malas e veio ao Brasil.
Não teve muito tempo de adaptação. Nem esboça nenhuma palavra em português: fala tudo em espanhol, para não aumentar a confusão. Logo no primeiro jogo, uma decisão: o clássico semifinalista da Copa do Brasil, contra o Botafogo.
No Nilton Santos, viu a rivalidade entre as duas equipes cariocas de perto. Viu também muita disputa em campo, e ficou com a sensação de que ainda poderia acrescentar muito para o time.
Se a primeira partida foi em território botafoguense, em seu segundo jogo Rueda pôde conhecer um pouco a nova casa rubro-negra e um pouco da torcida, que não lotou a Ilha do Urubu no duelo contra o Atlético Goianiense, mas empurrou o time.
Rueda viu também um Vinícius Júnior inspirado, que arrancou sorrisos do treinador. A qualidade de mais uma grande promessa do futebol brasileiro estava diante dos olhos do colombiano.
Nesta semana, enfim, o técnico pôde conhecer a casa rubro-negra de alma: o Maracanã. Viu, no estádio, cerca de 50 mil flamenguistas fazerem uma festa que foi inesquecível para o técnico. "Foi fantástico, extraordinário", disse, após o jogo, ainda procurando as palavras certas.
Rueda ainda não conseguiu passar aos jogadores 90% dos conceitos de jogo que pretende: nem teve tempo para tal. Mas já conseguiu fazer alguns ajustes, que ajudaram o time a chegar na decisão da Copa do Brasil. Em poucos dias, o comandante já se credenciou a uma final, e pode se tornar o primeiro estrangeiro a ganhar uma Copa do Brasil.
