Com uma atuação de gala, Dimitri Payet comandou o baile no primeiro tempo, com dois gols, e o Vasco chegou a abrir 3 a 0. No segundo, o Bahia reagiu, voltou ao jogo e chegou perto do empate. Mas São Januário respirou aliviado quando, depois do sétimo minuto de acréscimo, a arbitragem confirmou a vitória carioca, por 3 a 2, com drama mesmo.
O Cruz-Maltino chega a 43 pontos e fica a apenas três do Tricolor, sétimo colocado. Lembrando que o G6 do Brasileirão pode virar G7 e abrir mais uma vaga na Libertadores, o que alimenta a esperança de cariocas e baianos.
Payet e o 'baile' na Barreira
O Bahia começou o jogo com marcação permissiva. Era pouco agressivo na abordagem dos lances e se permitiu ser engolido. Do outro lado, o Vasco fez o melhor início do time em muito tempo. Teve uma boa leitura do jogo para atacar justamente os pontos fracos do rival. Leia-se, o lado esquerdo de marcação tricolor.
A movimentação de Dimitri Payet, também, ajudou o Cruz-Maltino. Jogando mais solto no meio, fez a diferença técnica que se espera dele. De uma jogada de Payet, saiu o primeiro gol: o francês abriu na direita com Puma Rodríguez, que avançou, cortou para dentro e bateu de canhota. Marcos Felipe soltou, e Emerson Rodríguez marcou na sobra.
Os baianos se perderam ainda mais depois do gol. Aos 15, Payet fez jogada pela direita e mandou no meio com Emerson Rodríguez, que deixou com Rayan. Na área, o jovem se jogou com a chegada da marcação, e o árbitro marcou pênalti. Payet cobrou bem, no ângulo: 2 a 0.
O Tricolor não conseguia ganhar uma segunda bola. Perdia quase todas as divididas. Era, apenas, a sombra do time que, em algum momento, até sonhou com o título. O Cruz-Maltino tinha liberdade e campo para jogar. E jogava, como há muito não jogava. Depois de bela jogada pela canhota, Puma recebeu na direita e cruzou na medida para Rayan, que cabeceou como Vegetti. A bola passou muito perto.
Payet seguiu comandando o "baile" na Barreira. Aos 31 minutos, Galdames ganhou dividida no meio e deixou com o francês, que avançou sem ninguém dar o combate. De longe, Payet soltou a pancada de canhota e marcou um belo gol. 3 a 0, na melhor atuação do francês na Colina.
Rogério Ceni tirou Jean Lucas e Everaldo ainda no primeiro tempo, para colocar Ademir e Lucho. Queria buscar um jogo pelos corredores laterais, já que pelo meio, não dava certo. Thaciano recuou um pouco, Cauly abriu na esquerda em constante troca de posição com Lucho e Ademir foi para direita.
Assim, saiu o gol. Quando Ademir apareceu no ataque, pela direita, o Bahia conseguiu dar sinal de vida. O ponta cruzou na medida e o outro que saiu do banco, Lucho, desviou de cabeça para descontar. Ainda não estava tudo perdido...
Bahia volta ao jogo
O segundo tempo começou com os cariocas errando mais do que no primeiro. O Bahia competiu. Forçou, também, ao erro. Se adiantou e buscou o segundo gol para, de vez, colocar fogo no jogo. São Januário ficou mais tenso.
Com o passar dos minutos, superada a pressão inicial (sem muitos sustos), o time da casa voltou a se sentir, de fato, em casa. Voltou a tocar a bola com mais tranquilidade, e passou a administrar o jogo com o relógio a seu favor. Pensando em ficar mais com a bola, Paiva mandou a campo Maxime e Alex Teixeira.
Já aos 30 minutos, o Tricolor conseguiu colocar fogo no jogo. Em contra-ataque, Éverton Ribeiro deixou Thaciano na cara do gol. Léo Jardim ainda conseguiu a defesa, mas Ademir, na sobra, só teve o trabalho de empurrar para dentro.
O duelo voltou a ficar tenso. Se Payet tentava prender a bola de um lado, sempre que os baianos recuperavam a bola, era um desespero na Colina. Tamanho desespero que Payet e Léo Jardim discutiram feio após um recuo do francês para Maicon.
O Bahia não empatou por milagre. Não há outra palavra. Já nos acréscimos, Ratão recebeu cruzamento da canhota livre na área e parou em Léo Jardim. A bola ainda voltou no atacante, que mandou para fora. Incrível. São Januário respirou aliviado, e os pontos ficaram na Colina apesar do sufoco.