Se o verde é a cor da esperança, os torcedores do Guarani, enfim, têm algo para se apoiar. O time do interior paulista bateu o Coritiba, até então invicto no returno da Série B, e começa a enxergar a luz no fim de túnel que parecia intransponível.
Essa foi a quarta vitória do Bugre no espaço de pouco mais de um mês, número superior ao obtido em todos os restantes meses do ano. A atual sequência, de quatro jogos de invencibilidade, já é a maior de 2024.
Nesse período, o Guarani teve um ataque bastante positivo, com nove gols marcados diante de Vila Nova, Chapecoense, Santos e Coritiba. Esses dois últimos foram responsáveis pelos somente dois gols sofridos pelo time de Campinas nos últimos quatro jogos.
"São jogos muito difíceis, o nível de concentração precisa ser muito alto. Não podemos relaxar, baixar a guarda. O trabalho do dia a dia vai fazer a diferença. Estamos no caminho, mas ainda temos que buscar o nosso objetivo", ponderou Allan Aal após o triunfo sobre o Coxa.
O que agora é um objetivo, até bem pouco atrás parecia apenas um devaneio. Após 17 rodadas do Campeonato Brasileiro da Série B, o Guarani somava míseros oito pontos. Com sequência de 13 jogos sem vencer, o clube estava a 11 pontos de deixar a zona de rebaixamento.
Agora, ao fim da 24ª rodada, o Bugre atingiu os 21 pontos ganhos e vê a saída da degola no horizonte, a apenas quatro pontos. Se ainda é o lanterna, o Guarani tem um jogo disputado a menos em relação à Chape, Ituano e Brusque, os outros três clubes no Z4.
O comandante
Quando o desalento tomava conta e o Guarani demitia o quarto treinador na temporada, coube a um interino dar início à reviravolta no ano. A primeira vitória em dois meses e meio, diante do Brusque, no dia 28 de julho, veio com Marcelo Cordeiro, auxiliar do clube.
No dia seguinte, Allan Aal foi oficializado como o técnico bugrino para o restante de 2024. O Ex-Náutico, Portuguesa e Cuiabá, entre outros, faz a sua segunda passagem pelo Guarani, já que treinou o clube em 2020. O retrospecto do treinador, até aqui, é de três vitórias, um empate e um revés em cinco jogos.
"A gente acredita muito, e a gente tem passado essa mensagem por meio da nossa atitude em campo. Então o torcedor devolve o que ele recebeu. Essa sinergia cada vez mais positiva a nosso favor tem de ser alimentada por nós. Não podemos transferir essa responsabilidade para o torcedor nos empurrar. A gente tem que contagiar a arquibancada. Quem sabe até o fim da competição a gente não lote o Brinco como em outros tempos?", projetou Allan.
Apesar do "pedido" de Aal, a tabela do Guarani promete dificuldades nos próximos tempos, com quatro partidas fora de casa e apenas dois duelos no Brinco de Ouro. A diferença é que agora o Guarani tem uma perspectiva.
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