Grêmio e Juventude abriram a decisão do Campeonato Gaúcho com uma partida de muitas faltas e poucas emoções. No Alfredo Jaconi, a ausência de inspiração e criatividade dos dois lados levou a um apático empate em 0 a 0 no duelo de ida.
A igualdade deixa a partida de volta sem vantagem para nenhum dos dois lados. No próximo sábado, às 16h30, os times voltam a se enfrentar na Arena para decidir quem fica com a taça.
Iniciativas isoladas param em defesa sólidas
Juventude e Grêmio protagonizaram um confronto onde a marcação sobressaiu a inspiração. Os dois times começaram com linhas altas de marcação e inibiram os setores criativos. O início truncado deixou a decisão com poucas iniciativas de ataques e com muita alternância de posses de bola.
A necessidade de ser protagonista em casa obrigou o Juventude a buscar alternativa primeiro. Com Edson Carioca descontado por dores musculares, Gilberto ficou isolado na referência. Jean Carlos tentou transitar entre as linhas do Grêmio e também ficou sozinho.
O Papo usou a fragilidade aérea da zaga do Tricolor para criar os primeiros lances perigosos. Zé Marcos e Lucas Barboza conseguiram desviar de cabeça, mas não acertaram o alvo. O melhor arremate dos donos da casa veio após saída equivocada da defesa. Lucas pegou de primeira na meia-lua da área e Caíque salvou com os pés.
O Grêmio também respondeu em ações isoladas. Pavón e Gustavo Nunes arriscaram individualmente e não acharam Diego Costa. O argentino ainda teve as melhores oportunidades do Imortal. Na primeira, mandou de fora da área e tirou tinta da trave de Gabriel. Já na reta final, Pavón recebeu passe açucarado, após belo contragolpe puxado por Villasanti, mas exagerou no drible e finalizou longe a última chance do primeiro tempo.
Aumento de faltas e diminuição de oportunidades
O Juventude mudou a postura para o segundo tempo e repetiu a estratégia implantada contra o Inter, na semifinal. O time da Serra Gaúcha ofereceu a bola ao Grêmio e buscou surpreender os visitantes com bolas longas ao pontas.
A mudança alterou o panorama da decisão, trouxe o Imortal para o campo de ataque e deixou o duelo ainda mais faltoso. Foram seis cartões amarelos, três para cada lado, em menos de 20 minutos de segundo tempo.
Apesar de ter o controle da bola, o Grêmio não fez valer a ofensividade e apenas circulou em volta da defesa jaconera. Renato apostou na mudança do trio de ataque, colocando Soteldo, Nathan Fernandes e João Pedro Galvão, mas seguiu sendo inofensivo.
O Juventude melhorou na reta final a partir da entrada de Nenê e Erick Farias, qualificando suas saídas pelas beiradas. O Papo animou a torcida com mais frequência na intermediária de ataque e esbarrou na mesma falta de inspiração dos tricolores.
O resultado do excessivo número de faltas e a pouca criatividade na criação foi um resultado zerado em uma partida de quase nenhuma emoção. O duelo ficou aberto para o jogo de volta no próximo sábado na Arena do Grêmio com dois times a uma vitória simples do título gaúcho.