12 gigantes do futebol europeu se reuniram nesta sexta-feira para anunciar a criação da Superliga, competição que busca se tornar uma alternativa para qualificar e aumentar a rentabilidade dos gigantes do velho continente ao longo das próximas temporadas.
Os clubes fundadores, que também serão os responsáveis por gerir este novo modelo, são: Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham.
Outros três participantes devem confirmar presença nos próximos dias para a temporada inaugural, que, segundo o comunicado em conjunto dos clubes, começará o mais rápido possível. A promessa é de receitas muito superiores as desenvolvidas na atualidade, além de uma base financeira sustentável para os clubes fundadores.
Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, e primeiro presidente da Superliga revelou que seu maior objetivo é atender aos anseios do público amante do futebol.
“Vamos ajudar o futebol em todos os níveis e levá-lo ao seu devido lugar no mundo. O futebol é o único esporte global no mundo com mais de quatro bilhões de fãs e nossa responsabilidade como grandes clubes é responder aos seus desejos", afirmou.
Quem também se manifestou foi Joel Glazer, co-presidente do Manchester United e vice-presidente da Superliga, que revelou que a iniciativa abre um novo horizonte para o futebol do continente.
“Ao reunir os maiores clubes e jogadores do mundo para jogarem uns contra os outros ao longo da temporada, a Super League abrirá um novo capítulo para o futebol europeu, garantindo competição e instalações de classe mundial, e maior apoio financeiro para a pirâmide futebolística mais ampla", disse.
Confira o formato da competição:
- 20 clubes participantes, com 15 clubes fundadores, e um mecanismo de classificação para que mais cinco equipes se qualifiquem anualmente com base nas realizações da temporada anterior.
- Os jogos vão acontecer no meio de semana com todos os clubes participantes continuando a competir em suas respectivas ligas nacionais, preservando o calendário tradicional de jogos domésticos que permanece no centro do jogo de clubes.
- O início se dará em agosto com os clubes participando em dois grupos de dez, jogando em casa e fora, com os três primeiros em cada grupo se classificando automaticamente para as quartas de final. As equipes que terminarem em quarto e quinto lugar competirão em um play-off de duas mãos pelas posições restantes nas quartas-de-final.
- O formato de mata-mata, com jogos de ida e volta, será usado para chegar até a decisão no final de maio, que será disputada em um único jogo em local neutro.
Decisão causa polêmica
A criação, confirmado na noite deste domingo, fora anunciada pelo americano The New York Times no início do dia e causou revolta em grandes entidades e federações de futebol ao redor do mundo.
A Uefa, entidade máxima do futebol europeu, garantiu que se uniu com as federações de Espanha, Itália e Inglaterra para condenar a criação de uma liga com as principais equipes dos três países.
"Como foi previamente foi anunciado pela Fifa e pelas federações, os clubes em questão vão ser banidos das competições domésticas, europeias e de nível mundial e os jogadores podem ser proibidos de representarem as suas seleções nacionais", lê-se em parte do comunicado.
