Espanha tira o gosto de vitória da Holanda nos acréscimos e defende invencibilidade

A Espanha defendeu a sua invencibilidade e aumentou a sua série para 17 jogos sem perder. Em Rotterdã, a Fúria saiu na frente, permitiu a virada da Holanda e buscou, no apagar das luzes, o empate em 2 a 2.

O duelo foi válido pela partida de ida das quartas de final da Liga das Nações. No próximo domingo (23), as duas seleções se enfrentam novamente para definir o classificado para a semifinal.

Espanha começa em cima, Holanda reage

A atual campeã europeia ignorou a sequência positiva da Holanda em casa e começou o confronto com o seu habitual estilo de jogo. A Espanha começou sufocante na marcação e agressiva nas transições. A postura da Fúria não demorou para resultar em volume ofensivo e vantagem no placar.

Aos oito minutos, Jorrel Hato errou na saída de bola e foi pressionado pela marcação. Pedri González ficou com a posse, infiltrou pela direita e rolou para Nico Williams. O atacante do Bilbao brigou com a marcação dentro da pequena área e marcou o seu quinto gol pela seleção.

O placar aberto cedo ampliou a confiança da Espanha, que aumentou a superioridade sobre a Holanda e dominou a primeira parte da etapa inicial. Com troca de passes seguras na defesa e transições velozes pelas pontas, a Fúria neutralizou os donos da casa e comandou a posse de bola. Na melhor chance, Morata recebeu cruzamento no segundo poste e testou para fora.

A Holanda começou tímida na partida e enfrentou dificuldade para encaixar a marcação. A conexão de ataque com Memphis Depay, Cody Gakpo e companhia também sentiu dificuldades para armar jogadas.

Com o tempo, os comandados de Ronald Koeman diminuíram a pressão sofrida e usaram a individualidade para igualar as forças no ataque. Aos 28, Jeremie Frimpong começou a jogada pela direita e achou Justin Kluivert, que pegou de primeira e deixou tudo igual.

Virada relâmpago

Depois do gol, a posse de bola ficou laranja e a Holanda dominou completamente a partida. Os donos da casa quase viraram antes do intervalo com Tijjani Reijnders, acertando o poste. Além de parar completamente as ações da Espanha, a Holanda alugou o campo de ataque e reverteu o cenário da partida.

Na volta do vestiário, a Holanda começou em ritmo eletrizante, manteve o domínio e precisou de 40 segundos para assumir a liderança no placar. Em jogada de Frimpong pela direita, Reijnders recebeu na entrada da área e mandou no canto de Unai Simón.

Em desvantagem, Luis De La Fuente precisou mudar o setor ofensivo e apostou na entrada de Dani Olmo para retomar o controle da partida. A Holanda continuou com a posse, mas aos poucos perdeu o ímpeto e permitiu a reconstrução da Fúria.

Sem conseguir repetir a intensidade, a Espanha trocou passes no campo de ataque sem encontrar espaço na defesa adversária. Na reta final, Hato recebeu o vermelho direto e transformou os minutos decisivos em pressão espanhola.

Embora sem jogar o suficiente para merecer a igualdade, a Espanha aproveitou a qualidade das suas joias para arrancar o empate no apagar das luzes. Nico Williams, o único remanescente do ataque nos 90 minutos, fez jogada individual pela canhota e arriscou forte. Com muitos defensores na frente, Verbruggen não enxergou a bola e espalmou para o meio da área. Livre, Mikel Merino teve apenas o trabalho de empurrar para as redes e decretar o placar final em 2 a 2.