A história foi feita em Wembley. O Manchester City era o "bicho papão" da final da Copa da Inglaterra e o Crystal Palace era o azarão. Por mais que os comandados de Guardiola fossem favoritos, o futebol se mostrou uma caixinha de surpresas. Eles, de fato, martelaram o clube londrino, que tinha Henderson inspirado, como o primeiro herói da tarde, e se segurou como pôde diante dos Citizens. O segundo herói foi Eze, que marcou o único gol do confronto, ainda na primeira etapa, pelo lado londrino. Nos 45 minutos finais, o Palace armou um ferrolho, colocou todos os jogadores no campo defesa e impossibilitou que o City furasse o bloqueio. E deu resultado. O clube de Manchester não conseguiu o gol de empate. 1 a 0 para o Crystal Palace, que conquista seu primeiro grande título da história.
O Crystal Palace volta a campo na próxima terça-feira (20) contra o Wolverhampton, pela Premier League. O City joga no mesmo dia também pelo Campeonaro Inglês, mas frente ao Bournemouth.
Henderson e Eze são heróis do Palace
Como era esperado, o City começou no abafa, se lançou ao ataque e quase saiu na frente aos seis minutos, se não fosse por um ex-United. De Bruyne levantou a bola da entrada da grande área na pequena área e Haaland se atirou para completar ao gol e encheu o pé, mas Dean Henderson fez grande defesa no contrapé.
A pressão dos comandados de Guardiola era alta e rendeu outra boa chance de perigo cinco minutos depois. Savinho cobrou escanteio pela esquerda, mandou a bola na área e encontrou Gvardiol. O zagueiro croata subiu mais que todos os defensores e testou no alto, mas Henderson voltou a salvar o Palace.
Só dava City no jogo, mas o Crystal Palace tinha outros planos para a final da FA Cup. Em contra-ataque fulminante aos 16 minutos, Mateta foi lançado, fez o pivô contra a defesa, tabelou com Kamada e ligou Muñoz na ponta direita. O lateral chegou ao fundo e cruzou no meio da área, onde Eze apareceu nas costas da marcação e completou de primeira no cantinho. Quem não faz, leva.
A postura dos Citizens continuou ofensiva, enquanto o clube londrino se mostrava confortável em se defender, mas não aguentou por tanto tempo. Com 33 minutos, Bernardo Silva escapou em velocidade, invadiu a área pela direita e foi derrubado por Mitchell com falta. Na cobrança do pênalti, Marmoush bateu forte no canto e Henderson foi buscar e continuou fazendo história.
O esquema seguiu o mesmo até o fim da primeira etapa, com os londrinos se defendendo como podiam e sendo salvos pelo herói na meta. Aos 42, ele brilhou de novo: Doku foi acionado na ponta esquerda, passou pelos marcadores, invadiu a área, ajeitou para a direita e bateu colocado, mas Henderson voou para fazer incrível defesa de mão trocada.
A história foi feita em Wembley
O clube de Manchester continuou em cima na segunda etapa, mas os londrinos se defendiam bem. Antes do primeiro minuto, Haaland recebeu cruzamento na segunda trave e, antes de testar ao gol, Richards apareceu para cortar. Com três jogados, Doku recebeu na área pela esquerda, cortou para dentro e bateu colocado, mas mandou por cima do gol.
Por mais que o City parecesse perto do gol de empate, foi o Crystal Palace que voltou a marcar, mas o tento foi anulado. Depois de cobrança de lateral, Muñoz recebeu na área pela direita e bateu cruzado. A bola desviou no pé do marcador, bateu em Sarr, impedido, e ficou viva do lado da trave, até que Muñoz completou ao fundo das redes.
Oliver Glasner armou um ferrolho e estacionou o ônibus do Palace, enquanto o rival, pacientemente, trocava passes ao redor da área para encontrar qualquer espaço que fosse. Era uma pressão enorme dos comandados de Guardiola, mas que não resultava em oportunidades de perigo para os adversários.
Foi num troca de passes envolventes que o City encontrou espaço, mas, mais uma vez, parou no iluminado Henderson. Em jogada construída pelo lado direito da área aos 36, Echeverri tabelou com Foden, recebeu de volta na cara do goleiro e soltou o pé, mas Henderson, com grande reflexo, voltou a salvar o clube londrino.
A equipe de Guardiola saía com a posse de bola e fazia de tudo para encontrar uma mísera brecha na defesa adversária. Porém, o Crystal Palace foi guerreiro, se segurou como pôde e garantiu o título da FA Cup com a vitória mínima em Wembley.
