O Cruzeiro recebe o eliminado Real Garcilaso, no Mineirão, às 22h, dependendo apenas do seu esforço para garantir a vaga para as oitavas de final da Copa Libertadores. A missão, no entanto, não é tão fácil como parece: é preciso golear para avançar sem depender do resultado de Defensor Sporting e Universidad de Chile.
Fora o Garcilaso, todos os outros três clubes têm chances de passar, ou de serem eliminados, de acordo com a combinação de resultados no grupo 5. O Defensor Sporting sai em vantagem, joga em casa e tem 10 pontos, um a mais que o adversário chileno. O Cruzeiro tem apenas sete, mas se beneficia do confronto direto entre os outros candidatos, além do fato de pegar o único desinteressado da chave.
Para avançar sem fazer contas, o Cruzeiro precisa fazer pelo menos três gols de diferença. O adversário é o lanterna do grupo e está eliminado, mas os três pontos que conquistou na Libertadores foram exatamente em cima do time Celeste.
"Raiva" e vingança motivam jogadores
A derrota para o Garcilaso ficou marcada de forma polêmica. Uma série de incidentes incomodou o elenco, mas sobretudo as ofensas racistas a Tinga, que passaram com branda punição da Conmebol. É impossível esconder o clima de revanche na Raposa, como confirmou o discurso de Júlio Baptista.
"Acho que todo o sofrimento que tivemos lá, o tratamento que recebemos, de chegar para treinar e apagarem as luzes no meio, de não conseguirmos fazer o nosso trabalho... Toda essa raiva tem de ser transferida para dentro do campo. Não fazer disso rivalidade, porque pode atrapalhar, mas toda essa raiva, até pelo que passou com Tinga, tem que transferir para o futebol", explicou o atacante.
Os times
Cruzeiro: Fábio; Mayke, Bruno Rodrigo, Dedé e Egídio; Lucas Silvas e Henrique; Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Dagoberto; Júlio Baptista
Real Garcilaso: Pretel; Joel Herrera, Maulella, Huerta e Cristian García; Retamozo, César Ortiz, Ramúa e Carlos Flores; Rodríguez e Ferreira
