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      Olimpíadas
      Em busca do ouro inédito

      Brasil mostra coragem, atropela as campeãs mundiais e chega para a disputa do ouro inédito

      2024/08/06 18:08
      E4

      O Vélodrome, em Marseille, presenciou uma atuação histórica da seleção brasileira feminina. Pela semifinal dos Jogos Olímpicos, o Brasil atropelou a Espanha por 4 a 1 com uma exibição de gala. Perfeita na marcação, eficiente na armação e letal no ataque, a Canarinho mandou as atuais campeãs mundiais para casa e deu mais um passo rumo ao sonho dourado inédito.

      Pela terceira vez na história, o Brasil carimbou a presença em uma final olímpica. Com a chance de uma revanche histórica, a Canarinho enfrenta os Estados Unidos no sábado (10), às 13h, no Parque dos Príncipes, em Paris.

      Brasil tem coragem recompensada

      A seleção brasileira entrou determinada a fazer história na semifinal olímpica. Diferente do primeiro confronto contra a Espanha, quando o Brasil acabou atropelado ofensivamente pelas campeãs mundiais, desta vez, Arthur Elias colocou à prova o talento brasileiro e apostou em uma postura agressiva na marcação e na criação.

      Nos primeiros minutos, a seleção espanhola não respirou. Quando teve a posse, a Fúria foi marcada de perto pelas brasileiras. Sem a bola, as europeias sofreram com a verticalidade do trio ofensivo formado por Priscila, Gabi Portilho e Jheniffer. 

      O Brasil causou incômodo nas campeãs mundiais e forçou erros defensivos. Logo aos cinco minutos, a primeira falha não foi perdoada. Após recuo para Cata Coll, Priscila apertou na marcação e obrigou a goleira a um chute errado, que desviou na atacante brasileira e explodiu nas costas da zagueira Paredes, voltando contra a própria meta espanhola.

      A falha inusitada aumentou o nervosismo das europeias e deu a primeira amostra de um acerto na estratégia brasileira. Durante os 15 minutos iniciais, Ludmilla e Jheniffer receberam boas chances de dentro da área para aumentar o placar, mas não capricharam no arremate.

      Aos poucos, a Espanha começou a entrar na partida e encurralar a Canarinho no campo de defesa. Com uma marcação sólida e sempre agressiva, o Brasil dificultou a chegada perto da grande área. Tarciane parou a melhor do mundo Bonmatí, Angelina se dividiu em três ocupando todos os lados do campo e Lorena foi mais uma vez segura defendendo todas as ameaças adversárias.

      Apesar da Espanha rondar perigosamente a intermediária brasileira, as melhores oportunidades continuaram caindo nos pés da Canarinho. Na primeira chance de ampliar o placar, Priscila ficou cara a cara com Coll e errou o alvo no chute. A atuação madura e confiante da seleção não se deixou abalar com a oportunidade desperdiçada e continuou correndo atrás do segundo gol.

      Com quatro minutos acrescidos no desconto, a seleção europeia ensaiou uma blitz final para tentar o empate, mas acabou surpreendida mais uma vez. No último lance do primeiro tempo, Yasmin achou cruzamento açucarado e Gabi Portilho, heroína nas quartas de final, empurrou para as redes. 2 a 0 para o Brasil! 

      Maturidade para definir e disciplina para defender

      A dedicação tática e a intensidade física da seleção brasileira continuaram intactas na volta do intervalo. Sem deixar o ritmo cair, o Brasil não recuou e seguiu trocando golpes com as espanholas. Com a bola no chão, Gabi Portilho perdeu a chance de marcar o terceiro. Pelo alto, Jheniffer também ficou no quase.

      A Espanha também mostrou a qualidade de uma campeã do mundo e usou todas as suas forças para embalar uma pressão. Em chute de longa distância, na bola parada, com infiltração pelas pontas, as europeias apresentaram um repertório de alternativas e não conseguiram superar a marcação verde-amarela.

      O Brasil não tirou o pé do acelerador em nenhum minuto. O combustível canarinho parecia interminável e, nos contragolpes, a seleção brasileira atropelava a Espanha. Aos 26, Priscila puxou em velocidade pela esquerda, serviu na medida para Adriana mandar no travessão. No rebote, Gabi Portilho mostrou frieza para devolver à camisa 9, que enfim estufou as redes.

      Apesar do cenário adverso, as campeãs do mundo não desistiram da final olímpica e aproveitaram o cansaço brasileiro para enfim estabelecer uma pressão absoluta. Aos 40, a defesa brasileira não acompanhou a bola aérea e Paralluelo descontou para a Fúria.

      O gol incendiou a partida e recolocou a seleção espanhola de volta ao confronto. Lorena, com dois milagres, e o travessão, com uma colaboração, impediram um cenário dramático para o Brasil.

      A marcação intensa, principal característica da classificação história, iniciou o gol que aliviou o Brasil e transformou a vitória em goleada. Aos 46, Kerolin roubou a bola no meio-campo e correu sozinha para tocar por baixo da goleira, assinando o quarto gol brasileiro.

      O Vélodrome virou festa. Festa brasileira, com samba e gritos de olé. A Espanha tentou e ainda descontou novamente com Paralluelo, mas àquela altura nada mais tiraria a classificação canarinho. 

      Enquete

      RESULTADO DA VOTAÇÃO

      BRASIL
      EMPATE
      ESPANHA

      Comentários

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      motivo:
      Que jogo foi esse
      2024-08-06 20h58m por henriquevale
      A vitória sobre as anfitriãs foi o combustível necessário pra que a mulherada entrasse com sangue nos olhos na partida de hoje. Aquele sentimento de torcedor que inexiste na seleção masculina ressurgiu com nossas guerreiras. Para o choro da comunidade red e os antis, a seleção chega gigante pra essa final. Continuem torcendo contra, pois está dando muito certo pra elas. No mais, espero que a camisa 10 se mantenha no banco e bora buscar esse ouro!
      "Quem lacra não lucra"
      2024-08-06 18h56m por ScPKoHx
      É, agora a turminha que dizia isso está escondida.

      As meninas destruíram a Espanha, mesmo com outra presepada da arbitragem em dar um tempo extra de acréscimo.

      Só torço para o Arthur Elias não voltar com a camisa 10 de titular. Deixa fora.
      Meus parabéns. . .
      2024-08-06 18h28m por RenataBFR
      E que o treinador não invente a ex-jogadora Marta como titular na final.
      jogos históricos
      U Terça, 06 Agosto 2024 - 16:00
      4-2
      Gabi Portilho 45'
      Adriana Leal 72'
      Kerolin 90'
      Irene Paredes 6' (g.c.)
      Salma Paralluelo 85' 90'

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