Chegou ao fim a trajetória de uma das maiores atletas do vôlei feminino brasileiro e mundial. Nesta terça-feira, a eterna meio de rede Fabiana Claudino, no auge de seus 39 anos, anunciou o término de sua carreira profissional.
Fabiana estava longe das quadras desde o fim de 2023, quando deixou o Osasco São Cristóvão Saúde no início da última Superliga para atuar na League One Volleyball (LOVB), uma nova liga norte-americana, mas sequer chegou a atuar nos Estados Unidos e, por motivos pessoais, optou por encerrar o ciclo.
"Você enfrentou derrotas dolorosas, lágrimas, mas seu destino era brilhar, brilhar como uma grande campeã, ser capitã. Dentre os títulos, duas medalhas de ouro olímpicas se destacam como o auge da sua carreira. Números e prêmios individuais reforçam seu lugar como uma das maiores da história", diz parte do trecho do comunicado publicado pela ex-atleta.
Pelos clubes, os títulos
Natural de Santa Luzia, em Minas Gerais, Fabiana Claudino teve o vôlei como vocação desde a infância e iniciou a carreira profissional em 2001, atuando pelo projeto do Minas.
De lá para cá, Fabi defendeu clubes como Rio de Janeiro, Vôlei Futuro, Sesi-SP, Praia Clube e Osasco e carregou na bagagem seis títulos da Superliga, principal competição da modalidade no país, além de seis canecos do Mundial de Clubes.
Não bastasse o sucesso no seu país, a central também abrilhantou a Liga Turca, com uma rápida passagem pelo Fenerbahçe e acumulou uma importante experiência no voleibol japonês.
Na seleção, a glória e a idolatria
Tamanha foi o destaque pelos clubes que Fabi Claudino precisou de apenas três anos como profissional para garantir seu lugar em sua primeira Olimpíada. E foram quatro no total, de 2004 até 2016.
E nas quatro vezes em que esteve na principal competição do planeta, Fabiana foi ouro em duas oportunidades: 2008, em Pequim, e 2012, em Londres, marcando um geração vencedora ao lado de nomes como Paula Pequeno, Sheilla, Fabi Alvim e Jaqueline.
Mas o legado da eterna camisa número 1 da verde-amarelo vai além das medalhas olímpicas. Peça-chave na rede brasileira nos anos 2000, Fabiana ainda conquistou sete vezes o Grand Prix, foi ouro no Pan de Guadalajara (2011), além de três vezes medalhista no Campeonato Mundial.
O adeus definitivo da seleção, que passou por um ensaio após os Jogos do Rio 2016, veio com a chegada da pandemia, quando a central resolveu apostar num novo projeto em sua vida pessoal e ficou grávida, se afastando das quadras.