Barcelona supera o Real Madrid na prorrogação e fatura a Copa do Rei

A Copa do Rei é barcelonesa. O Barça começou bem o El Clássico que valia a taça e controlou a posse de bola, como sempre. Essa postura rendeu o primeiro gol, depois de martelar na primeira etapa. Os Merengues, porém, cresceram no segundo tempo com as alterações de Ancelotti, como foi com Mbappé, Modric e Arda Guler, e viraram o jogo, mas sofreram o empate um pouco mais tarde. A decisão foi para a prorrogação, quando o Barça foi melhor e viu Koundé marcar para ser o herói improvável Fda 32ª taça da Copa do Rei.

O sonho da tríplice coroa do Barcelona segue vivo e as atenções voltam para o confronto contra a Inter pela semifinal da Champions, na quarta (30). O próximo jogo do Real é contra o Celta em casa, no domingo (4).

Controle barcelonês vira gol

Com o controle da posse e pressão alta, o Barça tentava empurrar o Real para trás, mas o clube madrilenho se defendia bem e aguardava para contra atacar com velocidade. E foi diante duma investida ofensiva do Madrid que Ferrán Torres quase marcou. Em escapada rápida, Raphinha recebeu na ponta esquerda e cruzou rasteiro na área, onde o espanhol chegou para bater na cara de Courtois, mas Valverde travou na hora H.

Os comandados de Hansi Flick exploravam os ataques pelas pontas, com Raphinha e Yamal muito acionados. Aos 18 minutos, com todos no campo de ataque, o Barcelona tentou com Yamal. O jovem espanhol recebeu na ponta direita, cortou para o meio e bateu rasteiro colocado de canhota, mas mandou rente à trave e só assustou Courtois.

As investidas catalãs continuaram assustando os Merengues, que viram a postura culé virar gol aos 28 minutos. Depois de ótimo desarme de Cuabrsí, Pedri lançou Yamal na ponta esquerda. O camisa 19 limpou Fran García e rolou na entrada, onde o mesmo Pedri chegou de trás de bateu de primeira de direita, para mandar no ângulo e marcar um golaço diante de Courtois.

A resposta do Real veio com 35 minutos, na mesma moeda. Depois de construção rápida pela esquerda, Ceballos recebeu na entrada pela direita e encontrou Bellingham sozinho dentro da área, em passe no meio das pernas do marcador. O inglês, em posição irregular, dominou com calma na cara de Szczesny e bateu com calma no canto, mas o gol não valeu.

Mesmo com a vantagem no marcador, o clube da Catalunha seguiu em busca do segundo gol. Com 42 minutos, Raphinha bateu falta da entrada da área pela direita, viu a bola desviar na barreira e quase matar Courtois, mas sair em escanteio. Na cobrança do tiro de canto, Olmo bateu fechado pela esquerda, viu a bola passar por todo mundo e bater na segunda trave.

Real cresce e vira o jogo, mas Barça empata

O Barça voltou buscando o gol na segunda etapa. Antes do cronômetro dar a primeira volta, Yamal ficou com a sobra na ponta direita, invadiu a área, cortou para o meio e bateu rasteiro, mas Courtois pegou. Na sequência, Raphinha arriscou chute forte de fora pela esquerda e viu o goleiro cair para agarrar a bola no meio.

Mas o clube catalão precisou ser salvo por Szczesny alguns minutos depois. Bellingham recuperou a bola no campo de ataque e ligou Vinícius Júnior entre os zagueiros pela direita. O brasileiro saiu cara a cara com o goleiro polonês e encheu o pé, mas o adversário espalmou. A sobra voltou a ficar com Vini, que bateu novamente, para outra defesa do goleiro.

Com algumas alterações de Ancelotti, o Real Madrid melhorou no confronto, mas ambos os lados seguiram buscando o gol. Aos 13, Vinícius Júnior foi acionado na entrada da área e bateu cruzado de direita, mas errou o alvo por puco. Dois minutos depois, veio a resposta do Barça, quando Raphinha arriscou cruzado de fora pela esquerda, mas também mandou para fora.

E foi na bola parada que os mardilenhos, já melhores no confronto naquela altura, deixaram tudo igual em Sevilla. Depois de escapar com liberdade pelo meio, Mbappé, que tinha entrado no intervalo, foi derrubado por De Jong na meia-lua. O próprio francês pegou a bola para cobrar a falta e bateu com extrema categoria no canto de Szczesny. A pelota pegou na trave e morreu no fundo das redes.

O mais provável de acontecer na segunda etapa era a virada do Real. E foi isso que se tornou realidade aos 31 minutos. Arda Guler cobrou escanteio pela direita, aproveitou a confusão da defesa catalã na área, mandou a bola no bico da pequena área e viu Tchouaméni se desmarcar no meio da marcação para subir com maestria e testar firme ao fundo das redes.

Mas o Barcelona tratou de mostrar que estava vivo no jogo com 38 minutos. Depois de recuperação catalã no campo de defesa, Yamal recebeu na direita e lançou Ferrán Torres no ataque. O espanhol recebeu entre Rudiger e Courtois, viu o belga sair do gol para tentar o corte, limpou o goleiro com facilidade e, com o gol vazio, só rolou para o fundo das redes.

Alegria catalã na prorrogação

Em primeira etapa truncada da prorrogação, o Barça teve a melhor chance, já perto do fim. Em jogada pela esquerda, Raphinha recebeu na entrada e encontrou Ferrán Torres na grande área. O camisa 7 limpou para a canhota e bateu rasteiro cruzado, mas viu a bola caminhar até sair na linha de fundo, muito perto da trave.

Os catalães voltaram em cima na segunda etapa e Ferrán Torres estufou as redes com um minuto, mas não valeu. Fermín López recebeu sozinho na ponta direita e cruzou na área, onde o camisa 7, em posição irregular, dominou com calma e bateu na saída de Courtois para vencer o goleiro, mas viu o gol ser anulado imediatamente.

A decisão por pênaltis parecia uma realidade na final, mas o Barça, melhor nos 30 minutos adicionais, não deixou a partida terminar assim. Com dez minutos da segunda etapa, Modric tentou o passe para Brahim no meio, mas o atacante escorregou e viu Koundé vir em cima para roubar. O lateral bateu rasteiro forte da entrada no canto de Courtois e venceu o goleiro, para dar o título ao Barça.