Atlético acaba com série invicta do Bragantino para ganhar força na luta por Libertadores

O Atlético Mineiro soube sofrer em Bragança Paulista, se fechou após abrir vantagem e segurou o Bragantino para vencer por 2 a 1, e seguir na luta por vaga na próxima Libertadores. 

O Galo se recupera da derrota no clássico e chega aos 46 pontos, de momento no G6 do Brasileirão. O Massa Bruta, que vê cair uma boa série invicta, fica com 52, e vê a vice-liderança ameaçada. 

Hulk marca cedo

O Atlético começou o jogo com uma belíssima jogada ensaiada. Arana tabelou na esquerda e lançou Paulinho nas costas da defesa. O atacante avançou sozinho, e tinha Hulk livre na área. Na hora de tocar para trás, porém, Paulinho errou, e Hulk ficou só com água na boca. 

Eduardo Sasha, na resposta paulista, foi um pouco além. O atacante recebeu cobrança de falta de Vitinho na área e tentou de peixinho, mas a bola foi muito fraca e ficou fácil para Everson fazer a defesa. Sasha foi melhor em tentativa de fora, e mandou arremate perigoso para Everson. 

Os dois times conseguiam ter transições ofensivas objetivas, com rápidos avanços pelas pontas para concluir as jogadas no meio. Ao Galo, faltava um pouco mais de precisão para definir os lances. Rubens, por exemplo, teve ainda mais liberdade na área para achar um atacante no meio. Mas errou na hora do cruzamento e facilitou o trabalho da defesa. 

Aos 30 minutos, os mineiros tiveram uma chance gigante de marcar. Bruno Fuchs fez grande lançamento para Paulinho, que tentou dar o gol para Hulk. O camisa 7 conseguiu girar e bateu de canhota. Léo Ortiz se jogou na bola e, com o braço, evitou o gol. Marcelo de Lima Henrique foi chamado pelo VAR, marcou pênalti e deu amarelo para o zagueiro. Hulk bateu no cantinho e não deu chance para Cleiton. 

Ainda no primeiro tempo, Pedro Caixinha colocou Thiago Borbas em campo, no lugar de Lua Cândido, espelhando o 4-4-2 do rival. Em um primeiro momento, o time de Felipão adotou postura reativa e usou mais os contra-ataques. Em um desses avanços, Paulinho recebeu de Rubens nas costas da defesa e teve tudo para abrir 2 a 0, mas o chute, de canhota, foi defendido com os pés por Cleiton. 

Bragantino pressiona e não desiste

Caixinha ainda voltou para o segundo tempo com outras duas mudanças, modificando a lateral direita (Hurtado em Aderlan) e as pontas (Helinho e Mosquera). O Bragantino pressionou nos primeiros minutos e criou chances para empatar. 

A primeira grande oportunidade foi de Léo Realpe, que apareceu na área para cabecear escanteio. A bola saiu por cima. Depois, Juninho Capixaba ficou com sobra de bola fora da área e bateu bonito. Everson espalmou. Em nove minutos, o time de Caixinha já tinha o mesmo número de finalizações de toda a primeira parte. 

Na medida que o Atlético foi conseguindo se organizar mais defensivamente, o Massa Bruta passou a apostar, como quase única saída, nos cruzamentos. O ganho de estatura com Mosquera também colocava um homem a mais na área. Mas a defesa atleticana conseguia responder bem. 

Depois de o Braga ter ameaçado em novo cruzamento na área (a bola chegou a pegar no poste, mas o lance já estava anulado por impedimento), o Galo avançou em contra-ataque para respirar um pouco. Pavón enfiou grande bola para Igor Gomes, que avançou e ajeitou para soltar uma pancada com a perna direita, estufando a rede. 

Talisson ainda tentou colocar o time da casa no jogo. O jovem recebeu de Borbas, cortou para a direita e bateu forte para descontar. Felipão colocou Igor Rabello para sofrer menos com os cruzamentos do adversário nos últimos minutos. Deu certo: apesar da pressão, os pontos foram para BH.