Nem mesmo o fato de atuar com dois jogadores a mais por mais de 30 minutos serviu ao Corinthians para vencer o Juventude, neste domingo, em plena Neo Química Arena. O resultado causou constrangimento dentro da equipe, e aumentou a preocupação do torcedor. Afinal, a campanha até aqui dá poucos indícios de um final feliz.
A aposta da comissão técnica, liderada por Ramón Díaz, é na chegada de reforços. Talles Magno é o nome aguardado para breve, em um movimento que não deve parar por aí. De fato, o elenco corintiano atual não tem conseguido dar respostas à crise, que extrapola a fronteira delimitada pelas quatro linhas.
Na campanha do rebaixamento, solitário, do Corinthians no Brasileirão, em 2007, a campanha estava longe de ser ruim como a atual. Ao fim de 21 rodadas, o clube já fazia esforços para se manter longe da zona de rebaixamento, ocupando o 15º posto, mas com 27 pontos. Sete a mais que o Timão de 2024.
Em um cenário também de instabilidade política, o Timão de 2007 afundou e terminou com 44 pontos, na 17ª posição, um ponto abaixo do Goiás. Como todo gigante caído, o rebaixamento inédito foi um choque, embora a equipe paulista tenha conseguido se reerguer com anos de glórias pouco tempo depois.
No comparativo, o time atual fez um pouco melhor na defesa - 28 gols sofridos, contra 29 de 2007 ao fim de 21 rodadas. O ataque é o ponto fraco. Com 19 gols marcados, a equipe de Ramón Díaz tem o pior desempenho corintiano nos pontos corridos.
O cenário é, obviamente, preocupante. Mas não desesperador. Apenas dois pontos separam o Corinthians de Vitória, Grêmio e Internacional, trio que aparece logo acima do Z4. Com um porém: a dupla gaúcha tem jogos por realizar por conta da tragédia que afetou o Rio Grande do Sul.