E o sonho virou realidade. Depois de longos anos de frustração e provocações, o Corinthians finalmente alcançou o feito que faltava, o troféu que deixava um vazio em sua extensa galeria. Com uma campanha impecável, sem derrotas, o grupo comandado por Tite bateu o poderoso Boca Juniors por 2 a 0 no confronto final com um show particular de Emerson Sheik e se consagrou campeão da Libertadores no Pacaembu.
O primeiro tempo foi uma demonstração clara de nervosismo de ambas as partes. Apesar da experiência do time Boca e da maturidade do elenco do Corinthians, o jogo foi tenso desde o início, com trocas de empurrões, nervos à flor da pele e muito pouco futebol na prática. Se houve algo de destacável nesses primeiros 45 minutos foram as investidas de Emerson Sheik, que deu bastante trabalho aos zagueiros argentinos. Outro destaque da etapa foi a contusão do goleiro Orión, que precisou ser substituído por Sebastián Sosa e deixou o gramado inconsolável.
Num segundo tempo que tinha tudo para ser idêntico ao primeiro - amarrado, catimbado -, brilhou uma estrela que ofuscou todo o resto da partida. Não a estrela do jovem Romarinho, na qual muitos depositavam esperança. Brilhou aquela que é talvez a estrela mais forte do futebol brasileiro: a de Emerson Sheik. Aos 8 minutos, após cruzamento de Alex e bate-rebate na área, Danilo achou passe de calcanhar e o atacante estufou as redes. Mouche deu um tremendo susto nos alvinegros em cabeçada perigosíssima salva por Cássio aos 26 minutos. Mas um minutos depois Schiavi errou feio na saída de jogo e entregou um presente para Emerson, que avançou e tocou na saída do goleiro Sosa. Batendo no peito, revidando toda a catimba, acalmando seus próprios companheiros, Emerson orquestrou um dos maiores marcos da história do Corinthians.
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F | 04/07 | 2-0 Ida (1-1) | 54' 72' Emerson Sheik |
2-0 | ||
Emerson Sheik 54' 72' |