O meia Rafinha Alcântara, do PSG, pode ter o futebol brasileiro como destino. Sem espaço em Paris, onde tem contrato até junho de 2023, o atleta pode atuar por um clube brasileiro pela primeira vez na carreira.
De acordo com o portal O Globo, o meio-campista teria sido oferecido ao Atlético Mineiro e também ao Botafogo. Anteriormente, Rafinha já havia sido vinculado ao Flamengo.
O talentoso jogador cresceu nas categorias do Barcelona mas, principalmente por conta de lesões importantes no joelho, Rafinha não se estabeleceu no Camp Nou.
A última partida de Rafinha pelos catalães aconteceu em 2019 e, sem oportunidades, o meia rumou ao Celta de Vigo, onde teve boas apresentações. Anteriormente, ele já havia tido uma rápida experiência pela Inter de Milão.
Contratado pelo PSG para a temporada 2020/21, Rafinha teve bom início no clube mesmo sem ter vaga constante entre os titulares. Foram 34 partidas, sendo 16 como reserva utilizado, e seis assistências no período.
Já com chances mais escassas em meio à grande concorrência no time parisiense, Rafinha retornou ao futebol espanhol para defender a Real Sociedad, por empréstimo, na última temporada. Desta vez, foram 21 partidas, sendo 15 como titular, e um gol marcado.
Muito dessa falta de sequência pode ser atribuída às três grandes lesões sofridas por Rafinha em sua carreira. A primeira delas aconteceu na temporada 2015/16, com uma ruptura dos ligamentos cruzados. O meio-campista vinha em ascensão depois de seu primeiro empréstimo ao Celta, e de 36 partidas pelo Barça no ano seguinte.
Uma lesão no menisco, em 2016/17, tirou o brasileiro de combate por 258 dias. A trinca de sérias lesões no joelho aconteceu em 2018/19, com nova ruptura dos ligamentos cruzados. Nessas quatro temporadas, Alcântara disputou apenas 65 partidas e teve sua evolução bruscamente interrompida.
Desde então, Rafinha não tem sofrido mais com grandes problemas físicos mas, como fica claro pela sua trajetória, atuando por cinco clubes diferentes em cinco anos, a falta de continuidade foi uma das grandes dificuldades de Rafinha como profissional.
Nascido em São Paulo, mas com nacionalidade brasileira e espanhola, Rafinha, ao contrário do irmão Thiago, optou por defender a seleção brasileira. Medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, o jogador disputou duas partidas amistosas e anotou um gol pela seleção principal do Brasil.
"Escolhi com o coração e estou tranquilo. Sempre me senti brasileiro e sempre quis jogar aqui. Foi fácil", declarou o atleta.
Agora, Rafinha Alcântara tem a oportunidade de escolher o Brasil mais uma vez. Aos 29 anos, o jogador pode encontrar em casa o que faltou na Europa: a estabilidade.