Há 25 anos iniciava a última Supercopa Libertadores, e nós resgatamos a história completa

Para alguns pode parecer como se fosse ontem os jogos de meio de semana, à noite, entre as maiores potências da América do Sul. Para outros, sequer pode parecer alguma coisa. A Supercopa Libertadores, torneio disputado de 1988 a 1997, reunia a nata da sociedade futebolística do continente, incluindo apenas ex-campeões da Copa Libertadores. Depois de nascer com grande prestígio, porém, o torneio teve sua importância esvaziada aos poucos, e chegou ao fim em meio a baixa audiência e imbróglios de calendário. oGol resgatou todas as fichas da competição, e temos história para contar.

A Supercopa foi um torneio que não era baseado somente no mérito esportivo, mas em uma história acumulada. Algo, dentro das devidas proporções, similar ao que potências da Europa tentaram fazer com a Superliga, que nunca foi para a frente. Ao contrário da Superliga, que morreu antes mesmo de nascer, a Supercopa tinha apoio da federação responsável, neste caso a Conmebol. Com certo olhar nostálgico e a fim de resolver a necessidade de mais vagas para o novo mundial da Fifa, chegou-se até mesmo a cogitar um retorno da competição há dois anos, mas não avançou sem grandes justificativas, ainda que tivesse apoio dos clubes.

Com a história da Supercopa contextualizada, apresentamos o resultado desse resgate histórico. Agora, em oGol, está disponibilizada toda informação extraída das 316 fichas dos jogos que foram disputados na competição.

Os grandes personagens

Apenas três dos dez títulos da Supercopa ficaram para o Brasil, mas grande parte dos personagens que marcaram época na competição são brasileiros. A começar pelo jogador que mais vezes disputou jogos da competição: Nonato.

Nonato Supercopa Libertadores

41 Jogos  3861 Minutos

4

2

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2x

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Entre os cinco jogadores que mais jogos disputaram a Supercopa, destaca-se também o brasileiro Ademir. O ex-volante era companheiro de Nonato no Cruzeiro, e chegou a defender a seleção brasileira no final da década de 1980. Jogadores de outros países sul-americanos completam esse top-5 de mais jogos disputados, com atenção especial para Hernán Díaz, zagueiro do River Plate que foi campeão da Supercopa, da Libertadores, e foi figura frequente em sua seleção entre as décadas de 1980 e 1990.

As fanfarronices de Renato Gaúcho podem gerar certo questionamento das novas gerações sobre o futebol do ex-atacante. O desempenho de Portaluppi na Supercopa é um bom recorte que serve de resposta aos que duvidam da qualidade do craque. Renato é o maior artilheiro da história da Supercopa, com 14 gols marcados em 22 jogos.

Renato Gaúcho Supercopa Libertadores

22 Jogos  1971 Minutos

14

4

0

0

2x

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A lista de maiores artilheiros da Supercopa Libertadores é um prato cheio para nostalgia. Brasileiros como Palhinha, Sávio e Ronaldo tiveram participação importante no torneio, com o Fenômeno se destacando por ter feito oito gols em apenas quatro jogos. Ao olhar para os nomes sul-americanos, despontam craques como Enzo Francescoli, Marcelo Salas, e figuras de grande importância no continente na década de 1990, como Víctor Aristizábal, Ivo Basay e Raúl Amarilla, este último chegou a ser Rei da América no ano em que foi artilheiro e campeão da Supercopa pelo Olimpia.

Campeões para a história

A Supercopa teve oito vencedores diferentes, com apenas Cruzeiro e Independiente repetindo a dose no torneio. As outras equipes que levantaram o troféu foram Racing (o primeiro), Boca Juniors, Olimpia, São Paulo, Vélez e River Plate (o último).

Vários desses campeões foram verdadeiros esquadrões do futebol sul-americano. O River Plate de 1997, por exemplo, foi um dos grandes times dos Millonarios, desde o sistema defensivo com Burgos, Ayala e Sorín, passando pelo meio de campo com Marcelo Gallardo e Astrada, até o ataque mágico de Marcelo Salas e Enzo Francescoli.

Numa retrospectiva ano a ano, é possível citar o Vélez Sarsfield de Chilavert; o Independiente de Burruchaga; o São Paulo de Telê Santana; os já citados Cruzeiro de Renato e Olimpia de Amarilla; o Boca de Cuciuffo; e o Racing de Ruben Paz.

Todas as estatísticas da Supercopa estão disponíveis aqui, e convidamos você a explorá-la, viajando através de um torneio que faz parte da história do futebol e de grandes craques da América do Sul.