Chelsea estreia como favorito, mas também precisa superar trauma no Mundial

O Palmeiras superou o trauma de 2021 para chegar na decisão do Mundial de Clubes, e a expectativa é de ter o Chelsea como rival. Mas o grande favorito ao título também tem seus traumas para superar. Além de nunca ter conquistado o troféu, o time inglês é o responsável pela última decepção europeia no torneio.

O tempo em que os encontros entre sul-americanos e europeus eram equilibrados ficou no passado. A desproporção financeira entre os mercados e a maior abertura dos clubes da Europa para a inscrição de atletas estrangeiros fez com que as grandes potências do continente se transformassem em "seleções mundiais", reunindo os melhores jogadores do planeta. Para nós, sobraram os jovens talentos, atletas em fim de carreira ou que não se adaptaram ao futebol europeu. O resultado é um domínio absoluto da Europa no Mundial.

Desde 2007, apenas uma vez o campeão europeu não se sagrou campeão mundial. O Corinthians foi o último sul-americano a quebrar a hegemonia. O rival: justamente o Chelsea. Em 2012, os Blues foram derrotados pelo time paulista na decisão, e apenas agora voltaram a ganhar uma oportunidade para conquistar o título inédito.

O adversário de hoje, no entanto, não é o campeão sul-americano, e o Chelsea ainda tem trabalho por fazer para chegar na final. O Al Hilal, da Arábia Saudita, é obviamente o "azarão" no confronto, mas está longe de ser um time que possa ser menosprezado. Os árabes contam com um ataque forte e de relativo sucesso internacional, com nomes como Ighalo, Matheus Pereira, Marega e Carrillo, além do recém-chegado Michael, ex-Flamengo.

Azpilicueta, que era um novato no Chelsea em 2012, explicou bem a sensação de dentro do clube em entrevista antes de encarar o Al Hilal.

“Estamos realmente motivados. Perder em 2012 doeu muito. Essa é a única competição que o clube não ganhou. Vencer pela primeira vez é enorme. Teria um grande significado para todos, para os torcedores. Representamos a Europa", comentou.

"É muito difícil estar neste torneio e, depois de 10 anos, você entende o quão difícil é. Nós perdemos a final contra o Corinthians e talvez, eu não sei se por estar em minha primeira temporada e por estarmos em todas as competições na época, talvez parecesse mais fácil do que realmente é", confessou.

"E então nós percebemos com o tempo quão difícil é, antes de tudo só chegar aqui. Então temos de fazer o melhor, e começando pela semifinal. Tenho esperanças que a experiência negativa vá ajudar", resumiu.