O retorno de Rogério Ceni fez bem ao São Paulo. Menos de um mês após seu retorno, o técnico apresentou soluções para uma mudança de postura da equipe tricolor nos jogos. E isso é mais que notório.
Com mais mobilidade e participação de Igor Gomes e Gabriel Sara, e com a recuperação dos alas, principalmente de Reinaldo pela esquerda, a equipe são-paulina mostra intensidade e profundidade, algo que não se viu no Tricolor há um bom tempo.
Porém, apesar da bela evolução, principalmente na construção do jogo, o time paulista ainda sofre com os problemas do fim da passagem de Hernán Crespo pelo Morumbi: o péssimo aproveitamento nas finalizações.
Para se ter uma ideia, nestes quatro jogos desde que Ceni assumiu o comando do Tricolor, a equipe construiu, através de jogadas combinadas, 12 chances claras de gol e converteu apenas três. Isso sem contar com a bola parada e com lances esporádicos.
Nos últimos quatro jogos, o São Paulo venceu Corinthians e Internacional, empatou com Ceará e perdeu para o Red Bull Bragantino. Nos dois tropeços, inclusive, os desperdícios de chances capitais tiveram interferência direta no resultado. Contra o Vozão, o time de Ceni construiu um caminhão de chances, mas converteu apenas uma e ficou no 1 a 1.
Já na derrota para o Massa Bruta, um lance que resume bem esta análise marcou a partida. Quando o duelo estava 0 a 0, Pablo teve a oportunidade de abrir o placar na pequena área e, já com o goleiro batido, finalizou por cima.
A melhora no desempenho anima. O São Paulo agora tem repertório para agredir o adversário, mas ainda falta o principal para a mudança surtir um efeito contundente: colocar a bola na rede.