Virou tendência: 'Invasão' de técnicos estrangeiros é realidade na Série A

A expansão dos técnicos estrangeiros no futebol brasileiro segue em alta. Nos últimos dias, foi a vez de Bahia e Sport seguirem essa tendência, com as chegadas do argentino Diego Dabove, e do paraguaio Gustavo Florentín.

Agora, o Campeonato Brasileiro passa a contar com sete treinadores 'gringos' empregados nos 20 clubes da elite. Além dos citados acima, a disputa ainda conta com Abel Ferreira, no Palmeiras, Juan Pablo Vojvoda, no Fortaleza, António Oliveira, no Athletico, Diego Aguirre, no Inter, e Hernán Crespo, no São Paulo.

Desde 2019, com o sucesso obtido por Jorge Jesus, no Flamengo, e Jorge Sampaoli, à época no Santos, os clubes brasileiros têm procurado por soluções fora da caixa para o comando técnico. 

Já no ano passado, o crescimento no número de técnicos estrangeiros foi exponencial, apesar de ainda restrito a times do Sul e Sudeste. Destaque para Flamengo e Atlético Mineiro, que tiveram dois comandantes estrangeiros. O Rubro-Negro com Jorge Jesus e Domènec Torrent, e o Galo com Rafael Dudamel e Jorge Sampaoli.

O país que mais cedeu treinadores ao futebol brasileiro foi Portugal. Além de Jesus, colaborou com Jesualdo Ferreira, no Santos, Abel Ferreira, no Palmeiras, Ricardo Sá Pinto, no Vasco, e às vésperas do desfecho do Brasileirão 2020, com António Oliveira no Athletico Paranaense.

Completaram a lista Eduardo Coudet, ex-Internacional, Gustavo Morínigo, que chegou nas rodadas finais, caiu com o Coritiba, e agora lidera a Série B, e Emiliano Díaz. O Botafogo seria comandado pelo pai dele, Ramon Díaz, que no entanto teve problemas de saúde e sequer treinou o alvinegro.

'Invasão gringa' chega ao Nordeste

O Fortaleza abriu os trabalhos e foi o primeiro clube nordestino, na Série A, a apostar em um técnico estrangeiro em 2021. Juan Pablo Vojvoda faz excelente trabalho no Leão do Pici, terceiro colocado no Brasileirão.

Em situação delicada, Bahia e Sport fazem apostas de risco em técnicos estrangeiros com o Campeonato Brasileiro em andamento. O Esquadrão, 15º colocado, buscou o argentino Diego Dabove, enquanto o Leão da Ilha contratou o paraguaio Gustavo Florentín.

Depois de Jesus, Abel Ferreira, Sampaoli e Vojvoda, os clubes brasileiros seguem à procura de uma nova história de sucesso. E, na tendência atual, isso passa pelo comando de um técnico gringo.

Só que nem sempre esse objetivo é atendido. São os casos de Santos, que tentou replicar o sucesso de Sampaoli com outro argentino, Ariel Holan, e do Internacional, que apostou forte em Miguel Ángel Ramírez e agora conta com Diego Aguirre. Já o São Paulo, apesar das oscilações, voltou a ganhar um título após oito anos sob o comando de Hernán Crespo.

Contratar um treinador estrangeiro não é garantia de triunfo, mas o caminho está cada vez mais pavimentado para essa novidade seguir em voga no Brasil. Resta saber se será algo passageiro ou consolidado. De um jeito ou de outro, uma só coisa dita as tendências no futebol brasileiro: as vitórias.