O Brasil demorou a conquistar o seu ouro nas Olimpíadas, mas pode logo dobrar a contagem. Nesta terça-feira, a seleção de André Jardine sofreu contra o México e não passou do empate em 0 a 0, mas acabou por garantir a classificação para a final nas penalidades.
Apenas um jogo agora separa o Brasil do ouro, com a prata já garantida. Agora, resta esperar o vencedor de Japão e Espanha para saber quem será o rival da final.
O domínio do primeiro tempo foi inegavelmente do Brasil. A equipe de André Jardine pressionou mais, teve maior posse de bola e finalizou mais. Mais nada disso ajudou a passar segurança. Pelo contrário: o México foi perigoso quando atacou, até mais que a seleção brasileira, que ainda teve um pênalti marcado a seu favor e anulado, corretamente, pelo VAR.
No gol mexicano, o veterano Ochoa mostrou-se seguro para impedir as investidas brasileiras. Mas Santos fez a defesa mais difícil, em chute forte de Romo, que o goleiro teve de se esticar todo para defender.
O Brasil sofreu também pelo alto, com Nino e Diego Carlos superados com certa facilidade nas bolas alçadas na área. Por baixo a dupla esteve bem e Diego, inclusive, salvou o Brasil em contra-ataque perigoso antes do intervalo, com Antuna finalizando na saída de Santos para o que seria gol certo.
O Brasil se manteve no campo de ataque no início do segundo tempo. Mas o México fez jogo duro, bem postado na defesa e sem nenhuma intenção de se abrir em busca do gol, à espera sempre dos contra-ataques. O resultado foram 20 minutos de poucas emoções, quebrados por boa jogada de Antony, que terminou com finalização fraca e nova defesa segura de Ochoa.
Apagado em sua oportunidade como titular, Paulinho acabou por dar vaga a Gabriel Martinelli em uma tentativa de aumentar a presença brasileira na área. Logo depois Reinier entrou no lugar de Claudinho, também pouco efetivo no ataque.
A vitória no tempo regulamentar nos escapou por questão de milímetros. Já perto do fim, Dani Alves apareceu na ponta direita e cruzou na medida para Richarlison, que desviou de cabeça e acertou a parte interna da trave. A bola ainda percorreu paralelamente a linha do gol e voltou para Richarlison. Sem ângulo, o atacante cruzou rasteiro e por muito pouco não encontrou Martinelli.
O México abidicou completamente do ataque na prorrogação, praticamente apostando na velha loteria dos pênaltis. Ao Brasil faltou movimentação e criatividade para desarmar o bloqueio mexicano. O que se viu na maior parte do tempo foi o abuso dos cruzamentos para a área.
Nas penalidades, Dani Alves abriu com gol e Santos pegou logo a primeira cobrança, de Eduardo Aguirre, colocando pressão nos mexicanos. Martinelli não falhou sua cobrança e Vásquez sentiu o peso, jogando para fora. Bruno Guimarães e Rodríguez converteram suas cobranças e coube a Reinier bater a penalidade que colocou o Brasil na disputa do ouro.
0-0 (1-4 Pen.) | ||